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Funcionários da Sony podem ser realocados no mercado de trabalho

Foto: Reprodução

O cadastramento pelo Sistema Nacional de Empregos no Amazonas (Sine-AM) dos 250 funcionários que devem ser dispensados pela Sony Brasil com o fechamento da fábrica do grupo no Polo Industrial de Manaus em março de 2021, com vistas à recolocação no mercado de trabalho, de preferência em empresas do mesmo segmento, foi a proposta apresentada pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jório Veiga, aos executivos da empresa, em reunião nesta quinta-feira.

Os diretores da Sony, Thiago Rodrigues e Pedro Pinheiro Jr, expuseram ao secretário as razões que levaram o grupo, há 48 anos instalado no PIM, a encerrar a produção e comercialização das linhas de áudio, Tvs e câmeras, decisão que implicará na dispensa de 250 funcionários empregados atualmente na fábrica local.

A opção pelo fechamento da unidade da multinacional japonesa em Manaus é uma estratégia que visa o reposicionamento da Sony no mercado global, a partir de avaliações que apontaram recuo na participação da marca no setor de eletroeletrônicos no País, a partir de 2015, segundo Thiago Rodrigues, diretor de relações governamentais da empresa. “Não tem a ver, necessariamente, com as condições das operações em Manaus, é questão de estratégia buscando sustentabilidade dos negócios”, disse o executivo, destacando que o PIM é o “único lugar viável” para a produção no setor.

A empresa, de acordo com os executivos, está elaborando um pacote de compensações para os funcionários que serão dispensados em março do próximo ano, como meio de mitigar os efeitos das demissões, sobretudo em um momento de crise por que passa o mercado como um todo.

Ponte

O secretário Jório Veiga colocou à disposição do grupo os serviços do Sine-AM, órgão vinculado à Sedecti, para auxiliar na recolocação dos funcionários a serem dispensados. “Podemos fazer essa ponte, incluindo treinamento de pessoal, sem custos”, afirmou. Jório Veiga lembrou que há expectativa de abertura no PIM, no final do ano, de empresa que atua no mesmo segmento de eletroeletrônicos, o que poderia contemplar a demanda de ambas as partes.

“Nós lamentamos muito a saída da Sony do nosso parque industrial, mas entendemos as questões empresariais que levaram a essa decisão. Em todo caso, o Amazonas estará sempre de portas abertas para o grupo em futuras parcerias”, afirmou Jório Veiga.

Os diretores da Sony agradeceram o apoio prestado pelo Governo ao longo dos anos em que esteve sediada no Amazonas, uma parceria, que, segundo eles, possibilitou ao grupo se firmar como um dos maiores em sua categoria.

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