A sede da Nasa, a agência espacial norte-americana, em Washington, nos Estados Unidos, vai receber novo nome, em homenagem a Mary W. Jackson, a primeira engenheira negra da agência. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 24, pelo administrador da Nasa, Jim Bridenstine. “Um lembrete de que Mary é um dos muitos profissionais incríveis e talentosos da história da Nasa que contribuíram para o sucesso desta agência”, afirmou.
Jackson iniciou sua carreira na Unidade de Computação da Área Oeste, segregada pelo Centro de Pesquisa Langley da agência em Hampton, Virgínia. A matemática e engenheira aeroespacial, liderou programas que influenciaram a contratação e promoção de mulheres nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática da agência.
“Mary W. Jackson fez parte de um grupo de mulheres muito importantes que ajudou a Nasa a conseguir colocar astronautas americanos no espaço. Mary nunca aceitou o status quo, ela ajudou a quebrar barreiras e abrir oportunidades para afro-americanos e mulheres no campo da engenharia e tecnologia ”, disse o administrador da Nasa.
A história da engenheira ficou conhecida nacionalmente quando Margot Lee Shetterly escreveu, em 2016, o livro “Hidden Figures: The American Dream and the Untold Story of the Black Women Mathematicians Who Helped Win the Space Race” [ou “Figuras ocultas: o sonho americano e uma história não contada pelos matemáticos das mulheres negras que ajudaram a executar uma corrida espacial”, em tradução livre]. A obra, então, foi transformada em filme, no qual a personagem de Jackson foi interpretado pela atriz estrelada por Janelle Monáe.
“Estamos honrados pela Nasa continuar comemorando o nascimento de nossa mãe e avó Mary W. Jackson”, disse Carolyn Lewis, filha de Mary.
“Ela era uma cientista, humanitária, esposa, mãe e pioneira que abriu o caminho para milhares de outras pessoas que tiveram sucesso, não apenas na Nasa, mas em todo o País”, reconhece.