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Secretária denuncia advogado por abuso sexual dentro do escritório em Manaus; acusado afirma que está sendo vítima de extorsão

*Da Redação do Dia a Dia Notícia 

Na tarde dessa quarta-feira (16), a secretária Marcela Nascimento formalizou uma denúncia contra seu antigo empregador, o advogado Francisco Charles Garcia Júnior, acusando-o de assédio sexual no ambiente de trabalho. Em contrapartida, o advogado divulgou uma nota na qual alega ser vítima de extorsão por parte da advogada Adriana Magalhães, que representa a ex-funcionária na denúncia de assédio sexual.

De acordo com o relato da denunciante, os atos de assédio tiveram início em fevereiro de 2024 e ocorreram nas dependências do escritório de advocacia onde trabalhava, situado no bairro Adrianópolis, zona centro-sul de Manaus. Marcela declarou à imprensa que o advogado se aproveitava da ausência de sua esposa, que estava em São Paulo para tratamento de câncer, para praticar os supostos crimes.

Em seu depoimento, Marcela detalhou dois incidentes específicos. No primeiro, alega ter sido puxada pelo braço até a mesa do advogado, onde ele, estando nu, assistia a vídeos pornográficos e a teria instruído a não chorar ou se exaltar, tentando beijá-la repetidamente, sendo impedido por ela. No segundo episódio, ao levar um suco à sala dele a pedido, Marcela afirma ter sido novamente agarrada pelo braço, sendo machucada, e que o advogado, ainda despido, teria exigido sexo oral.

Marcela Nascimento também relatou que o patrão frequentemente confiscava seu celular para impedir qualquer registro dos acontecimentos. Ela expressou temer por sua segurança, mencionando a presença de armas de fogo e substâncias ilícitas na sala do advogado. “Eu tinha medo de ele me matar porque tinha duas armas na mesa dele e um pires com um pozinho, o meu maior medo era morrer porque eu sou mãe solo”, desabafou Marcela.

Acompanhada de sua advogada, Adriana Magalhães, Marcela Nascimento registrou um Boletim de Ocorrência contra Francisco Charles Garcia Júnior. A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) deverá conduzir a investigação do caso.

Em contrapartida, o advogado Francisco Charles Garcia Júnior divulgou uma nota na qual alega ser vítima de extorsão por parte da advogada Adriana Magalhães, que representa a ex-funcionária na denúncia de assédio sexual.

Na nota, o advogado afirma que há cerca de quinze dias vem sofrendo tentativas de extorsão por Adriana Magalhães, que estaria utilizando sua ex-funcionária para obter vantagens financeiras ilícitas e impulsionar sua candidatura a uma vaga de Desembargadora do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), reservada à OAB-AM. Ele alega que a advogada estaria fabricando um escândalo e que ele e pessoas próximas vinham recebendo ameaças caso não pagasse R$ 500.000,00 para silenciar a suposta vítima de assédio.

Garcia enfatizou que, diante da suposta chantagem, levou o caso ao conhecimento da polícia. “Não cedi à extorsão e não cederei à chantagista. Resolvi enfrentar a advogada que se utiliza de uma causa nobre de defesa das mulheres para alcançar sucesso profissional e financeiro. Optei por levar o caso ao conhecimento da Polícia Civil que instaurou um inquérito policial para apurar o delito de extorsão pelo qual eu e minha esposa estamos sendo vítimas”, declarou.

O advogado afirmou ainda ter entregue às autoridades gravações de áudio periciadas e transformadas em atas notariais, contendo a voz de Adriana Magalhães, que comprovariam suas alegações de pressão para um acordo financeiro em troca do silêncio sobre fatos que ele alega serem falsos.

A advogada Adriana Magalhães refutou as alegações de Garcia, afirmando que a intenção do advogado é desviar o foco do crime de abuso sexual que ele teria cometido.

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