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Saiba como substituir alguns alimentos para uma festa junina mais saudável

*Da Redação Dia a Dia Notícia

Com a chegada das festas juninas, é comum as pessoas se deliciarem com diversas comidas típicas que, muitas vezes, são calóricas e pouco saudáveis. No entanto, é possível manter a tradição sem comprometer a saúde, substituindo alguns ingredientes dos pratos servidos durante as comemorações. A responsável técnica da Clínica-Escola de Nutrição da Uninorte, Manuela Marinho, compartilha dicas e sugestões para tornar o cardápio mais nutritivo.

1. Canjica com leite de coco e adoçante natural:

 

Ao invés de utilizar leite integral e açúcar refinado na preparação da canjica, Manuela sugere substituí-los por leite de coco (ou leite desnatado enriquecido com leite de castanha do brasil, se não tiver restrições) e adoçante natural, como xilitol ou açúcar de coco. Assim, é possível reduzir significativamente o teor de gorduras saturadas e de açúcares simples.

2. Pipoca integral:

 

A especialista indica o uso de milho de pipoca integral, sem ser o de microondas. É mais recomendável estourar os grãos em uma panela com um pouco de óleo ou utilizar uma máquina de pipoca sem óleo, temperando com pouco sal marinho ou ervas naturais, como alecrim ou orégano. Essa opção é rica em fibras e antioxidantes.

3. Espetinho de frutas:

 

Manuela recomenda montar espetinhos com frutas variadas, como abacaxi, uva, kiwi e morango, proporcionando uma variedade de cores, sabores e nutrientes. Para um toque especial, eles podem ser regados com um pouco de suco de limão ou calda de chocolate 70%.

4. Cuscuz de quinoa:

 

O cuscuz é, geralmente, preparado com farinha de milho refinada. Uma alternativa mais nutritiva e sem glúten é o cuscuz de quinoa, que oferece proteínas de alta qualidade, fibras e uma variedade de vitaminas e minerais essenciais. Manuela indica adicionar legumes picados, como cenoura e abobrinha.

5. Caldo-verde com couve orgânica:

 

A especialista sugere preparar o caldo com couve orgânica, que é livre de pesticidas e agrotóxicos, garantindo uma opção mais sustentável. Além disso, pode substituir a linguiça por proteína de soja texturizada torrada.

 

“Ao fazer essas substituições, é possível desfrutar das delícias típicas dessa época sem comprometer a saúde. Lembre-se também da importância de manter uma hidratação adequada, optando por água, sucos naturais e chás sem açúcar, transformando sua festa junina em um momento de celebração e bem-estar para todos os convidados”, complementa Manuela.

Conheça os serviços da Clínica-Escola de Nutrição da UNINORTE

Os serviços oferecidos são avaliação, diagnóstico e laudo nutricional, orientação alimentar individualizada, acompanhamento nutricional nos ciclos normais da vida, orientação nutricional em doenças como diabetes, hipertensão, anemias, gastrite, osteoporose e outras patologias e programa nutricional de acolhimento a pessoas com diabetes tipo 2. Os agendamentos devem ser feitos por meio do WhatsApp (92) 3212-5169 ou na própria Clínica-Escola, localizada na Av. Getúlio Vargas, 720, Centro.

Conheça a origem das comidas juninas

Canjica, munguzá, pé-de-moleque e pamonha. As comidas típicas são uma das principais atrações dos festejos juninos. Você sabe como surgiram esses quitutes?

A diversidade de pratos e suas várias maneiras de preparo carregam consigo um pouco da história do Brasil, da miscigenação das culturas indígena, africana e europeia. Alguns dos principais ingredientes das receitas são o milho, o amendoim, o arroz, a abóbora e a mandioca.

O historiador Rafael Gonçalves explica que esses alimentos não foram escolhidos à toa.

“A festa junina tem essa origem europeia e foi transplantada para o Brasil pelos portugueses ainda durante o período colonial, mas tem aqui uma grande aderência, principalmente no caso do milho, né? Interessante a gente pensar que a safra dele, a colheita, principalmente no Nordeste, que era o centro do Brasil colonial, e por isso vai ter uma influência muito grande dessa cultura portuguesa, dessa cultura europeia, ele era colhido justamente em junho, o tempo de São João”, disse em entrevista à Rádio Nacional.

A tradição das comidas de milho, além da culinária colonial, também tem ligação com os povos originários da América, que ajudaram não só a popularizar o cultivo, mas também as formas de beneficiamento. O Brasil é hoje um dos maiores produtores de milho do mundo.

Festa junina, bolo de milho, comida tipica junina
Bolo de milho – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

A abundância do grão se reflete na variedade de receitas durante os festejos de junho. Receitas essas que, ao longo dos séculos, e dependendo da região do Brasil, foram ganhando novos ingredientes, outros nomes e diferentes maneiras de serem produzidas.

Regina Tchelly, empreendedora social e fundadora do projeto Favela Orgânica, no Morro da Babilônia e Chapéu Mangueira, na zona sul do Rio de Janeiro, conta que a variedade de pratos produzidos nos arraiás reflete a acolhida de pessoas vindas de várias partes do Brasil. Segundo ela, há uma união da tradição e inovação na cozinha que celebra os santos juninos.

“O Brasil inteiro tá aqui, né? Mineiro, tem bastante comida mineira. Tem muito baião de dois, que é do Nordeste. No mês junino aqui, tem muito cuscuz doce, que é uma tradição aqui do Rio de Janeiro, que eu não conhecia. Tem muito bolo de milho. Estou também percebendo que cada vez mais, com o alimento mais caro, as pessoas estão aprendendo a aproveitar melhor os alimentos”, relata.

*Com informações da Agência Brasil e assessoria da Uninorte 

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