O ministro da Defesa de Belarus, Viktor Khrenin, comunicou que seu país e a Rússia vão estender os exercícios militares nas proximidades da Ucrânia, previstos para encerrarem neste domingo (20/02). A medida intensifica a pressão sobre o país, ao mesmo tempo que vários líderes ocidentais, sobretudo de países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), alertam para uma iminente invasão russa ao território ucraniano.
O comunicado do ministério chefiado por Khrenin justifica a decisão com base na atividade militar perto das fronteiras da Rússia e de Belarus e a escalada de tensão na região de Donbass, ao leste da Ucrânia. Embora a Otan afirme que a Rússia tenha um contigente de trinta mil soldados, o qual pode ser usado para invadir a Ucrânia, o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov afirmou que as advertências ocidentais quanto a uma possível invasão são provocativas e podem ter consequências adversas.
Em entrevista à BBC, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson afirmou que as sançõe prometidas por países do Ocidente “antigiriam muito, muito duramente” a economia russa. Contudo, o premiê reconhece que essas ameaças podem não impedir uma atitude drástica de Vladmir Putin.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, defendeu a imposição de sanções à Rússia pelo Ocidente neste momento, em vez de aguardar uma invasão.
“A Rússia precisa ser parada agora. Vemos como os eventos estão se desenrolando”, afirmou o ministro.
*com informações de Reuters
