*Da Redação Dia a Dia Notícia
A Rússia anunciou nesta sexta-feira (18/2) a retirada de mais tanques e de aviões-bombardeiros da península da Crimeia, região que era território ucraniano, mas foi anexada pelos russos em 2014.
A decisão foi informada pelo Ministério da Defesa russo, em comunicado:
“Outro trem militar com soldados e material que pertence a unidades de tanques do exército do distrito militar do oeste retornou para suas bases permanentes.” As bases ficam na região de Nizhny Novgorod, a mais de mil quilômetros da Ucrânia.
Na terça-feira (15/2), o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, anunciou a decisão de retorno dos soldados à base. O representante, no entanto, explicou que parte da tropa retirada simplesmente concluiu os treinamentos militares que estava fazendo ali e a outra parte permaneceria.
“Otimismo cauteloso”
A retirada das tropas foi questionada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que continua monitorando as movimentações militares na região. O secretário-geral da aliança militar ocidental, Jens Stoltenberg, informou que vê a ação com “otimismo cauteloso”.
Os Estados Unidos disseram que a Rússia mobilizou mais de 100 mil soldados nas proximidades da fronteira com a Ucrânia, o que contradiz as alegações de Moscou sobre o recuo das tropas.
Na quinta-feira (17/2), segundo o The Washington Post, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse a repórteres que a ameaça de invasão da Rússia à Ucrânia continua “muito alta” e que o país pode estar criando uma desculpa para fazê-lo.
“Temos motivos para acreditar que eles estão envolvidos em uma operação de bandeira falsa para ter uma desculpa para entrar. Todas as indicações que temos são de que eles estão preparados para entrar na Ucrânia, atacar a Ucrânia. A minha sensação é que isso acontecerá nos próximos dias”, afirmou Biden.
A Rússia tem classificado as declarações norte-americanas como provocadoras de conflitos. Também na quinta, o país decidiu expulsar Bartle Gorman, vice-embaixador dos EUA.