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Roraima teve quatro governadores cassados em vinte anos

Flamarion Portela, Anchieta Júnior (in memorian), Chico Rodrigues e Antônio Denarium foram cassados pela Justiça Eleitoral do estado de Roraima
*Da Redação Dia a Dia Notícia

Nos últimos vinte anos, o estado de Roraima viu quatro de seus governadores serem cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O mais recente foi o atual governador, Antônio Denarium (PP), condenado por compra de votos por meio de distribuição de cestas básicas em período eleitoral. O gestor, contudo, poderá se manter no cargo enquanto recorre da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O primeiro governador cassado foi Flamarion Portela, atual chefe da Casa Civil de Denarium. Eleito pelo extinto Partido Social Liberal (PSL) e filiado posteriormente ao Partido dos Trabalhadores (PT), Flamarion foi alvo da Operação Praga do Egito, que desarticulou um esquema de desvio de recursos públicos envolvendo parlamentares, funcionários do estado e membros do Tribunal de Contas de Roraima. O caso ficou conhecido como “escândalo dos gafanhotos” e atingiu tanto Flamarion quanto o ex-governador Neudo Campos (PP).

Expulso do PT e sem apoio do legislativo, Flamarion acabou cassado em segunda instância por abuso do poder econômico por utilizar a máquina do estado enquanto vice-governador para compra de votos. O adversário e segundo colocado na eleição, Ottomar Pinto (PTB), assumiu o cargo.

Anchieta e Chico

Anos depois, o governador eleito em 2010, Anchieta Júnior (PSDB), falecido em 2018, teve seu mandato cassado duas vezes no TRE de Roraima em setembro e dezembro de 2011. No primeiro caso, Anchieta foi condenado por uso indevido de veículo de comunicação estatal ao utilizar a Rádio Roraima, ligada ao estado, para veicular propaganda favorável a Anchieta e conteúdo negativo ao adversário Neudo Campos.

Na segunda cassação, Anchieta foi condenado por crime eleitoral de arrecadação e gastos ilícitos em sua campanha. Segundo a denúncia, o tucano comprou 45 mil camisetas amarelas – cor de sua campanha eleitoral – antes do período permitido por R$ 247,5 mil, além de contratação de pessoal de forma irregular e pagamento de dinheiro em espécie.

Anchieta recorreu ao TSE nas duas ocasiões e conseguiu se manter no cargo, mas os casos e sua má gestão afetaram a popularidade do governo, provocando sua derrota na disputa pelo Senado Federal.

Seu vice-governador, Chico Rodrigues (PSB), também foi alvo dos mesmos processos que atingiram Anchieta Júnior. Alçado ao cargo de governador em 2014, quando o tucano se descompatibilizou do cargo para concorrer ao Senado, Chico foi cassado pelo TRE, mas conseguiu se manter até o fim do mandato graças a liminar do TSE. Contudo, tal qual ocorreu com Anchieta, os sucessivos ataques minaram sua candidatura ao governo, sendo derrotado no segundo turno por Suely Campos (PP).

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