*Lucas dos Santos – Da Redação Dia a Dia Notícia
O atual presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), acaba de ser reeleito para chefiar a casa alta do legislativo brasileiro por mais dois anos. Apoiado pelo governo federal, o senador conseguiu 49 votos contra 32 de Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional de Jair Bolsonaro (PL) e candidato da oposição a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar da vitória, Pacheco recebeu menos votos que em sua primeira eleição, em 2020, quando foi eleito com 57 votos.
Oficialmente, Rodrigo Pacheco era apoiado pela sua legenda, o Partido Social Democrático (PSD), o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), a Federação Brasil da Esperança, representada no Senado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), o Podemos, o União Brasil (União), a Rede Sustentabilidade (Rede) e o Partido Socialista Brasileiro). Rogério Marinho, por sua vez, foi apoiado pela própria legenda, o Partido Liberal (PL), o Republicanos, o Progressistas (PP) e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Ambos os lados, contudo, esperavam traições. Senadores do bloco de Pacheco, os parlamentares Ivete da Silveira (MDB-SC), Eduardo Girão (Podemos-CE), Marcos do Val (Podemos-ES), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Dr. Samuel Araújo (PSD-RO), Lucas Barreto (PSD-AP), Nelsinho Trad (PSD-GO), Alan Rick (União-AC) e Sergio Moro (União-PR) declararam publicamente que votariam em Rogério Marinho.
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Do outro lado, o senador Romário (PL-RJ) evitou revelar seu voto, mas especula-se que tenha mantido seu voto em Rodrigo Pacheco, tanto por sua boa relação com o atual presidente quanto por ressentimento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que declarou apoio a Daniel Silveira (PTB-RJ) ao Senado Federal em 2022. O deputado Mecias de Jesus (Republicanos-RR) foi outro voto misterioso, ainda que nos bastidores se ventilasse a ideia de que votaria em Pacheco.
Em seu discurso de vitória, Pacheco afirmou que combaterá a desinformação e que “o recado que o Senado Federal dá ao Brasil, agora, é que manteremos a defesa intransigente da democracia”
“O resultado que se tem dos atos antidemocráticos e dos crimes que aqui ocorreram em 8 de janeiro do presente ano é o surgimento de uma responsabilidade que se impõe a cada senador e a cada senadora da República, qual seja. Que tenhamos a atenção, a dedicação e as ações redobradas de preservação da nossa democracia”, disse.
Nas redes sociais, aliados de Pacheco e partidários de Lula comemoraram a vitória de Pacheco, enquanto bolsonaristas lamentaram a derrota de Rogério Marinho.
🚨 URGENTE: Senador Rodrigo Pacheco acaba de ser eleito presidente do Senado Federal. Vitória de Pacheco e do governo Lula!
— Tauat Resende (@eutauat) February 1, 2023
Este caso que envolve a eleição de Rodrigo Pacheco tem que servir de alerta para os democratas de SEMPRE receber a narrativa de bolsonaristas com dois pés atrás. São pessoas e alguns robôs que usam a mentira como método, logo não merecem um mínimo de confiança.
— George Marques 🇧🇷 (@GeorgMarques) February 1, 2023
VITÓRIA! Hoje o Senado Federal decidiu pelo diálogo e manutenção da democracia. Reelegemos o senador @rodrigopacheco para a presidência da Casa. Parabéns ao parlamento e ao presidente reeleito.
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) February 1, 2023
Agora os Senadores que votaram no Marinho deveriam expor seu voto, para sabermos os traidores.#DivulgaSeuVotoSenadores
— Pedro Loango (@PedroLoango) February 1, 2023
Há um problema na classe política brasileira que vai além da política e da ideologia. É um problema de caráter! O episódio Marinho é muito didático nesse sentido. Triste Brasil…
— Sérgio Camargo (@CamargoDireita) February 1, 2023
O resultado final da mesa diretora e das comissões do Senado Federal deve ser conhecido nas próximas horas.