*Da Redação Dia a Dia Notícia
Nesta segunda-feira (16), o rio Negro atingiu a cota de 13,59 metros em Manaus, sendo a maior vazante de toda a história na capital amazonense. Dessa maneira, a marca já supera a seca mais extrema já registrada.
No ano de 2010, o rio atingiu a cota de 13,63 metros. Neste ano, a marca atingida foi de 13,59 metros, dez centímetros a menos do que o registrado no domingo (15).
No final de setembro deste ano, o Serviço Geológico do Brasil (CRPM) emitiu um relatório em que apontou que o ápice da estiagem só deveria ocorrer nesta segunda quinzena de outubro, o que vai refletir ainda mais no cenário de calamidade da cidade.
Manaus, assim como quase todos os municípios do Amazonas, vive uma severa crise ambiental. Além da seca, que é recorde e tem deixado comunidades isoladas, a cidade precisou fechar escolas nas áreas rurais e sofre prejuízos na navegação de embarcações e com o escoamento de produção do Polo Industrial.
A cidade também enfrenta uma “onda” de fumaça produzida por queimadas ocorridas na região metropolitana. Na última semana, o ar na capital do Amazonas foi considerado um dos piores do mundo.
Em nota, a prefeitura de Manaus afirmou que a tendência é de que o volume dos rios continue baixando até o final deste mês. De acordo com levantamento da Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil Municipal (Sepdec), 63 comunidades ribeirinhas da capital estão sendo afetadas pela estiagem severa.
Já o Governo do Amazonas, também por meio de nota, afirma que adotou, desde janeiro deste ano, medidas para enfrentar e amenizar os impactos da seca e que tem enviado ajuda humanitária para famílias afetadas pela estiagem.