Um dos espaços públicos mais queridos dos manauaras, a biblioteca municipal João Bosco Pantoja Evangelista pôde ser prestigiada pelos internautas no domingo, 21/6, durante uma transmissão realizada nas mídias sociais da Prefeitura de Manaus. O “passeio virtual” mostrou o interior do espaço, que teve a reforma e restauro concluídos no mês de maio.
A live pela biblioteca municipal teve 27 minutos de duração, sendo acompanhado por mais de cinco mil seguidores na página do Facebook. Com o objetivo de proporcionar lazer em meio à pandemia, que consequentemente fechou atividades de locais turísticos da cidade, a transmissão alcançou aproximadamente 18 mil pessoas.
A obra fez parte do “Manaus Histórica”, um projeto de resgate e reocupação do centro de Manaus, conforme determinação do prefeito Arthur Virgílio Neto, em comemoração aos 350 anos da capital e que está restaurando outros importantes prédios históricos da cidade. O diretor-presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), Cláudio Guenka, ressalta que a biblioteca é apenas um dos prédios que merecem um olhar cuidadoso.
“É uma obra de alta qualidade de restauração, onde a Prefeitura de Manaus quer restaurar prédios públicos que tenham um significado para o centro histórico da cidade. Isso começa por essa biblioteca municipal, que há muito tempo é desejo do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, assim como é o desejo da população, de que nós tenhamos essa simbologia, essa sinergia e essa ligação entre o que é histórico e a toda modernidade que foi implementada nessa obra”, ressalta Guenka.
Ainda que a biblioteca municipal esteja de portas fechadas, em razão das medidas de isolamento social necessárias durante a pandemia da Covid-19, quem acessar o Facebook da prefeitura pode conferir com detalhes a nova organização interna do local, que agora possui um ar moderno, contendo uma sala de projeção, área de acervo em braile, um café-boxe e itens de acessibilidade, como elevador, piso tátil e banheiros para Pessoas Com Deficiência (PcDs).
Almir de Oliveira, arquiteto e coordenador técnico da comissão “Manaus Histórica”, detalha as mudanças, destacando que o objetivo do projeto é a biblioteca funcionar como uma biblioteca atualizada.
“Temos espaço braile dedicado aos deficientes visuais, temos uma área de acervo no primeiro mezanino que é um piso intermediário. No último piso tem o processamento de material didático e no piso principal, tem as salas de estudo, que é área dedicada ao público que vai consultar e usufruir da biblioteca. Em termos de resgate histórico, o que é importante olhar no projeto, é que o prédio consegue manter as caraterísticas da arquitetura tropical, tendo climatização apenas nos ambientes onde ela é essencialmente necessária”, conclui Almir.
A biblioteca municipal João Bosco Evangelista ainda não tem data para reabertura ao público. A gestão da biblioteca está a cargo da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) e o seu acervo integra o Sistema Nacional de Bibliotecas, sendo composto por 32 mil exemplares, divididos entre obras de referência e os temas bibliográficos, como coleções de obras gerais, coleções temáticas amazônicas, infantil, braile e multimídia.
*Informações da assessoria