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Relatório final da CPI tem inclusão de Wilson Lima após manobra eleitoral de Braga e Omar

Renan cedeu a pressão do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que havia apresentado um voto em separado e ameaçava um voto contrário ao documento. Essa nova inclusão também teve o aval do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).
Reprodução

*Da Redação – Dia a Dia Notícia

Após seis meses de trabalhos, a CPI da Covid do Senado Federal encerra os trabalhos com a votação do relatório final, em reunião nesta terça (26). O texto do relator, Renan Calheiros (MDB-AL),  que chega para apreciação dos senadores passou por modificações após conversas que aconteceram até a noite dessa segunda-feira (25). Entre as alterações estão a inclusão de novos indiciados como o do governador do Amazonas, Wilson Lima, que era ponto de discordância entre os parlamentares, e o secretário de Saúde do Estado, Marcellus Campelo.

Renan Calheiros acatou oficialmente o pedido de Braga. Com isso, Renan encerra a controvérsia com Braga, que é integrante titular da CPI e queria o indiciamento dos dois – Wilson e Marcellus. Mas os nomes não constavam em versões do relatório final apresentadas por Renan. Braga disse que, se o relatório não incluísse o governador e o secretário, votaria em um relatório separado.

Agora, a versão mais atualizada do relatório final tem 80 pedidos de indiciamento. Entre eles, o do presidente Jair Bolsonaro.

No documento, Eduardo Braga afirma ser “inaceitável que o relatório final não peça a punição de nenhum dos responsáveis pelo caos vivido no Estado do Amazonas”, frisou. Braga é pré-candidato ao governo do Amazonas nas eleições de 2022 e faz oposição ao governo de Wilson Lima.

A inclusão de Wilson Lima entre os pedidos de indiciamento não era um ponto pacificado no G7. Por um lado, o Braga considerava necessário acrescentar o governador na lista, entendendo que faltava uma medida concreta para que fosse tratada a crise sanitária no Amazonas, um dos principais focos da pandemia. Por outro lado, Omar Aziz, presidente da CPI, entendia que o colegiado deveria atender a determinação do Supremo Tribunal Federal de não concentrar as investigações sobre governadores.

Wilson Lima é réu em processo no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por supostos crimes praticados na compra superfaturada de ventiladores pulmonares (respiradores) destinados ao tratamento de vítimas da Covid-19 no estado.
O entendimento era que não haveria indiciamento do governador, até então uma vez que não foi possível ouvir Wilson Lima em vista a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que impediu as oitivas.

Disputa em jogo

O governador Wilson Lima não se pronunciou sobre a notícia, mas ainda nesta manhã, criticou a postura do senador Eduardo Braga por meio das redes sociais e informou que o parlamentar age à base de ameaça para tentar incluir o nome de Lima como um dos novos indiciados.

“Eduardo Braga está agindo da forma que os amazonenses já conhecem. À base de ameaça para incluir meu nome no relatório da CPI, prometendo não votar caso não consiga o que quer. Ele quer incluir meu nome no relatório final – mesmo sabendo que não fui sequer investigado pela CPI”, disse Wilson.

O governador ainda reforçou o que pode estar por trás das ameaças de Braga, citando os interesses do senador em participar do pleito de 2022. “Seu interesse visa exclusivamente às eleições de 2022 e a razão da vida dele é tentar sabotar o meu governo, que vem fazendo mais em dois anos do que ele em 8. Deixa o trabalho falar, senador, e pare de picuinha”, completou o governador.

Relatório final

A secretaria da CPI já publicou na sua página o relatório final do senador Renan Calheiros, com as alterações feitas na última semana pelos senadores da comissão.

 

 

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