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Reitor da Ufam se encontra com ministra dos Povos Indígenas para fortalecimento da educação indígena no AM

Foto: Divulgação
*Da Redação Dia a Dia Notícia

O reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), professor Sylvio Puga, reuniu, na tarde dessa quarta-feira (18/1), em Brasília, com a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara (PSol), com quem conversou sobre demandas da educação indígena no Amazonas e ações da Instituição ao longo dos últimos seis anos. O Amazonas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o estado que concentra a maior população indígena no País, englobando os municípios São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos.

Sobre as demandas, o reitor revelou à ministra que nesta semana (16/01), em Manaus, recebeu lideranças do povo yanomami que pediram à Ufam a instalação de um Polo Universitário Indígena no Rio Marauiá, desejo de 11 comunidades yanomami nas quais vivem em torno de 250 indígenas que querem se qualificar e trabalhar com a educação.

“Entendemos que a criação de um novo polo para a Licenciatura Indígena requer uma interlocução com o Ministério da Educação, mas pensamos ser importante que o pedido receba o apoio também do Ministério dos Povos Indígenas, uma nova pasta que se alinha com a nossa identidade, além da ambiental. Essa nossa visita também é para dar as boas-vindas à gestão”, disse o reitor.

No início da sua fala, a ministra Sônia Guajajara registrou que a Ufam foi a primeira universidade da região Norte a reunir-se com o Ministério e que está feliz com o encontro e o interesse da Ufam em fortalecer a educação indígena no Amazonas. Ela revelou que demandas de diversas ordens, voltadas à temática indígena em torno da educação, têm sido registradas pelo Ministério e que uma delas gira em torno de uma aproximação institucional entre ambas, Ministério Indígena e da Educação, para onde seriam convergidas, por exemplo, pedidos similares ao da Ufam.

“Deveremos ter uma agenda com o ministro Camilo Santana dentro das próximas semanas para tratar de vários pedidos que nos chegam diariamente e que são legítimos e do nosso interesse que sejam executados. Além disso, dessas ações administrativas que requerem ampliação do orçamento, temos trabalhado em um planejamento que vislumbre cooperação com organizações não governamentais ou que possam receber aporte de fundos internacionais”, adiantou a ministra.

Por fim, o reitor frisou que a Ufam tem trabalhado arduamente no atendimento às ações por formação indígena. Ele usou como exemplo as colações de grau que aconteceram em São Gabriel da Cachoeira, em comunidades e na sede de Santa Isabel do Rio Negro. As solenidades ganharam repercussão local, nacional e internacional. Atualmente, a Ufam tem turmas de Licenciatura Indígena no Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), na Faculdade de Educação (Faced), com três polos em funcionamento, o Tukano (17 etnias com predomínio do idioma tukano), o polo Baniwa (etnia baniwa e koripaco) e o polo (yegatu) e Cucui (cujos idioma predominante é o baré).

“Outro destaque foi a premiação de melhor tese concedida a um aluno nosso, da Ufam, que é indígena, João Paulo Barreto”, lembrou o reitor.

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