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Região Norte apresenta aumento de 18% nos conflitos pela água; mineração é o maior causador

Foto: Reprodução/Folha de S. Paulo

*Da Redação Dia a Dia Notíca

Em 2021, a região Norte apresentou um aumento de 18% nos conflitos pela água e aumento também de 54% no número de famílias envolvidas nestes conflitos, em comparação ao ano de 2020. Na região foram registrados 78 casos de conflitos pela água, onde mais de 29 mil famílias estavam envolvidas. Os dados são da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

A região Nordeste também apresentou aumento de 41% nos casos, porém houve uma redução quase pela metade no número de famílias envolvidas nos conflitos. Ao todo, foram registrados 304 conflitos pela água no Brasil que envolveram cerca de 56.135 famílias no ano de 2021.

No Norte, o estado do Pará obteve um aumento de 52% nos casos, sendo o segundo estado com maior número de conflitos, apresentando aumento de 105% nas famílias envolvidas. Vale ressaltar, que o estado de Roraima não registrou nenhum conflito em 2020, porém em 2021 passou a ter seis conflitos pela água envolvendo mais de oito mil famílias. Esse aumento de casos, se deve ao registro dos conflitos de garimpo em território Yanomami.

Os conflitos no estado do Pará referentes a mineração envolveu mais de 12 mil famílias, sendo as mineradoras internacionais (10 casos) as maiores causadoras de conflitos, em seguida está o garimpo (seis casos). As maiores vítimas deste tipo de conflito são os ribeirinhos, indígenas e quilombolas.

Os municípios que mais registram conflitos deste tipo são Jacareacanga (garimpeiros x Povo Indígena Munduruku) e Barcarena, onde os conflitos são decorrentes do transbordamento e vazamento de resíduos não tratados na mineração bauxita, ocasionada pela mineradora holandesa Norsk Hydro/Alunorte em 2018, que atingiu mais de 12o mil pessoas e 112 comunidades ribeirinhas.

Levando em consideração os dados gerais do país, cerca de 30% dos conflitos pela água são ocasionados por mineradoras internacionais, 19% por setores empresariais, 14% por fazendeiros, 10% por instalação de hidrelétricas, 9% por entes governamentais (federal, estadual e municipal) e 8% por atuação de garimpeiros.

Dos registros, 135 conflitos envolviam disputa por uso e preservação da água, 127 estavam relacionados à construção de obras como açudes e barragens e 40 estavam relacionados à apropriação privada direta das águas.

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