*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Os sete primeiros dias de setembro de 2022 superaram os números de queimadas na Amazônia de todo o respectivo mês do ano anterior, em 2021. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 18.374 focos de incêndio entre 01 e 07 de setembro deste ano, já em 2021, foram 16.742 em todo o mês.
A pesquisa aponta um aumento de quase 10%. A representante da Amazônia do Greenpeace Brasil, Cristiane Mazzetti, falou sobre os casos.
“No Dia da Independência, e na mesma semana em que se comemora o Dia da Amazônia, os números referentes à queimadas e incêndios florestais só reforçam que estamos repetindo a mesma dinâmica predatória de 200 anos atrás, propagando uma economia da destruição que ainda se alimenta fortemente de recursos naturais ao passo que não traz o tão almejado desenvolvimento real para a Amazônia.”, disse Mazzetti.
Queimadas no Pará. Foto: Aiteti Gavião/WWF Brasil
A Amazônia teve o maior agosto com queimadas nos últimos 12 anos. Podemos dizer que o número foi tão alto que, segundo o programa de monitoramento ambiental Copernicus, da União Europeia, causou problemas a qualidade do ar na América do Sul.
A nuvem de fumaça que cobriu milhões de km²
A fumaça causada pelas queimadas se espalhou pelo Brasil, e chegou a atingir países vizinhos. O satélite geoestacionário Goes-16 mostrou, a extensão que atingiu o Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Mato Grosso e Pará na segunda-feira (5), e na quarta-feira (7), chegou a São Paulo, Paraná e Bolívia.
Segundo o Inpe, os satélites já relataram 20.693 pontos de fogo na floresta entre janeiro e setembro.