Além de toda a destruição ambiental, os incêndios florestais geram prejuízo econômico na casa dos bilhões. É o que mostra novo estudo divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) nesta sexta-feira (19/11).
Nos últimos seis anos, as queimadas provocaram um rombo de mais de R$ 1,1 bilhão. No mesmo período, os investimentos da União no combate e na prevenção de incêndios correspondiam a apenas 32% do valor: R$ 376,2 milhões.
A CNM alerta sobre a redução de recursos públicos para ações de fiscalização, monitoramento e combate a incêndios florestais. Em 2016, foram R$ 77,4 milhões, que caíram para R$ 46,4 milhões, em 2020, e R$ 62,9 milhões, em 2021.
A organização relembra, também, a diferença entre o montante autorizado e reservado no orçamento e a quantia que é efetivamente paga pela União. Cerca de 76% do valor reservado para as ações entre 2016 e 2021 foi, de fato, pago. Dos R$ 492,4 milhões destinados, mais de R$ 116 milhões não foram utilizados.
Os prejuízos financeiros causados pelas queimadas se manifestam, por exemplo, no sistema de saúde. “O sistema de saúde local é sobrecarregado para atender aos atingidos pela fumaça”, explica o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
*Com informações do Metrópoles