O Governo do Estado anunciou o retorno das aulas presenciais para os dias 10 e 24 de agosto, mas os trabalhadores da educação não estão de acordo com a decisão. Segundo a presidente do Sindicato Do Trabalhadores Em Educação Do Estado Do Amazonas (Sinteam), Ana Cristina, a categoria vai se reunir em assembleia para decidir, mas, adiantou, os trabalhadores não devem retornar agora.
“Nós ainda vamos conversar com o trabalhadores e se for necessário que se trate de uma greve, nos trataremos, porque os trabalhadores precisam ser ouvidos e respeitados e precisam mais ainda, não só como trabalhador mas como ser humano, pai de família, mãe de família. Eu como mãe não vou deixar meu filho ir, prefiro que meu filho perca dias letivos do que perca a vida em uma fatalidade que pode acontecer”, disse a presidente.
A coordenadora-geral do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom/Sindical), professora Helma Sampaio, também não está de acordo com o retorno das aulas para a data anunciada pelo governo. A Asprom, decidiu pelo estado de greve no último dia 18, quando surgiram os boatos de que as aulas presenciais seriam retomadas em agosto. A coordenadora disse que chegou a questionar o secretário de educação sobre as mensagens que os professores estavam recebendo, mas foi informada de que não havia previsão.
“Nós perguntamos mais de uma vez, e ele negou todas as vezes sobre as mensagens que estávamos recebendo dos gestores, e ele disse que os gestores estavam fazendo isso por conta própria. No próximo sábado, dia 01, faremos a assembleia geral na praça da policia onde nesta assembleia nós iremos discutir se iremos voltar ou não as aulas, a pauta principal da nossa assembleia é indicativo de greve”, disse a coordenadora geral da Asprom.
Amazonas define data de retorno de aulas presenciais na rede estadual, com escalonamento de turmas
Dez de agosto é a data definida pelo Governo do Amazonas para o retorno das aulas presenciais na rede pública estadual de ensino, em Manaus. O governador Wilson Lima fez o anúncio nesta terça-feira, dia 28, no Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) Elisa Bessa Freire, no Jorge Teixeira, zona leste da capital. A escola foi adaptada aos protocolos de saúde que vão nortear o funcionamento das demais unidades da rede no retorno das atividades.
A volta às salas de aula será de maneira gradativa e escalonada em 123 escolas da capital, totalizando cerca de 110 mil alunos. Os primeiros a retornarem – no dia 10 de agosto – são os estudantes do Ensino Médio regular e da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
No dia 24 de agosto, retornam os alunos do Ensino Fundamental (anos iniciais e finais). Ainda não há previsão para retorno das aulas no interior do estado.
Segundo Wilson Lima, o planejamento vem sendo feito desde o dia 1º de abril e recebeu o aval das autoridades de saúde, que apontam uma estabilização dos casos de Covid-19 no Estado. Também foram realizadas consultas públicas com a comunidade escolar para definir as melhores estratégias para o retorno.
