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Professores da Ufam apoiam indicativo de greve dos servidores públicos federais

Foto: Divulgação
*Da Redação Dia a Dia Notícia

Professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) decidiram apoiar o indicativo de greve por tempo indeterminado dos servidores públicos federais. A decisão foi unânime entre os docentes da Assembleia Geral de Manaus na última quinta-feira (17/03).

A Assembleia dos professores do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA/Ufam), em Humaitá, foi na direção oposta. Também por unanimidade, os docentes decidiram não apoiar o indicativo de greve. Não houve consulta entre os servidores das unidades de Parintins, Benjamin Constant, Coari e Itacoatiara. Contudo, de forma geral, a categoria docente da Ufam se manifestou pela greve geral por maioria de votos.

Os docentes discutiram o resultado na manhã desta segunda-feira (21/03) em reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) públicas. A assembleia de Manaus também pediu uma nova reunião para logo depois das discussões na Ifes, considerando a importância de intensificar a mobilização de luta.

Essas foram as primeiras assembleias presenciais da Associação dos Docentes da Ufam (ADUA) desde o início da pandemia de covid-19 no Amazonas. 

Assembleia em Manaus

Antes de tudo, o professor Antonio José Vale da Costa, o Tomzé, primeiro tesoureiro da ADUA, leu um texto apresentando as razões da paralisação. O texto relata graves ataques à educação, às instituições de ensino públicas, aos serviços públicos e aos direitos dos servidores. Apesar de históricas, os ataques foram intensificados durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“O desmonte da legislação trabalhista, do sistema único de saúde e da educação pública precariza a vida de milhões de brasileiros, tanto das trabalhadoras e dos trabalhadores em geral quanto daqueles que trabalham no serviço público. Precariza, sobremaneira, a vida da maioria da população brasileira, que depende dos serviços públicos. Precariza a vida da população subalternizada, favorece os tubarões da iniciativa privada e amplia o lucro da burguesia parasitária, que vive de rendas de investimento, sobretudo os banqueiros”, diz um trecho do texto.

Em seguida, os docentes deram início ao debate da pauta única da assembleia. A professora Roberta Paredes (FaArtes), expôs a preocupação com a realização de uma greve logo após a retomada das aulas presenciais e o esvaziamento da instituição. A docente Francisca Cavalcanti (Faced) também levantou a possibilidade de, com a adesão à greve, fragilizar a imagem da categoria junto à opinião pública. Ela também ressaltou a importância da paralisação somente com todo o conjunto dos servidores públicos federais.

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Defesa da paralisação

Logo após, o segundo vice-presidente da ADUA, professor José Alcimar de Oliveira (IFCHS), frisou que o movimento “será uma greve do serviço público federal, ou não será”.

“No dia 15 de fevereiro, aprovamos o processo de construção, apostamos na mobilização, e devemos apostar, porque se não fosse a mobilização não teríamos uma vitória no recuo da PEC 32, porque houve pressão em Brasília, produziu efeito, não podemos recuar agora”, defendeu.

Sobre o esvaziamento, a professora Ana Cristina Martins (Fapsi) ressaltou que esse cenário é resultado da asfixia sofrida pelas instituições federais, provocada pelos sucessivos cortes orçamentários.

“As universidades já estavam parando antes da pandemia, porque não tem verba para nada, a pandemia apenas aprofundou; para voltarmos precisamos do mínimo de condições e não há recursos para isso (…) a universidade está falida e não é por nossa causa, mas porque o governo está cortando recursos das universidades”, disse.

Assembleia em Humaitá

O professor Douglas de Paula (IEAA/Ufam) afirmou que a “adesão agora a uma greve do funcionalismo é incongruente com a realidade das universidades”.

“A maioria das instituições está retornando do ensino remoto, de modo que as universidades se encontram esvaziadas e é preciso receber os estudantes para que eles também participem das lutas”, afirmou.

Os docentes decidiram, ainda, manter a campanha salarial.  Segundo Douglas, “os métodos presenciais devem ser confirmados para qualquer luta daqui para frente”.

Luta Unificada

Os servidores públicos federais estão em uma campanha unificada pela reposição emergencial salarial de 19,99%, o arquivamento da Reforma Administrativa e a revogação do Teto dos Gastos Públicos. No dia 18 de janeiro, as reivindicações foram protocoladas no Ministério da Economia, mas o governo federal mantém as portas fechadas para qualquer negociação. Diante disso, as categorias sinalizaram que irão deflagrar uma greve nacional caso não haja diálogo.

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*com informações de ADUA

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