*Da Redação do Dia a Dia Notícia
A Polícia Civil prendeu quatro suspeitos pela morte do professor de jiu-jítsu James Nascimento Mota, de 49 anos, durante a operação Iscariotes. O crime ocorreu no dia 8 de março de 2024, quando a vítima chegava à academia onde dava aulas. James havia emprestado R$ 300 mil para Fabrício, que operava lojas de venda de ouro em Manaus, mas não tinha como pagar a dívida. De acordo com a esposa de James, Lais Cavalcante, ela chegou a ser consolada pelo assassino do marido durante o velório da vítima.
Os suspeitos são Antônio Ricardo Gomes de Sá, de 36 anos, Inácio Ferreira de Souza, 35 anos, Fabrício dos Santos Gonçalves, 42 anos, e Kauã Iago Santos das Neves. De acordo com a delegada Marília Campelo, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), o crime foi motivado por ganância.
“Ele me consolou, ele foi lá me consolar, foi falar comigo, eu falei pra ele: “tiraram o James da gente e eu não sei quem foi que matou ele”. A única coisa que ele me falou foi: “Dona Lais, não é o momento, mas nós precisamos conversar”, contou a esposa de James.
“O James tinha R$ 300 mil nas mãos do Fabrício. Fabrício mexia com ouro e se comprometeu a pagar um valor diário exorbitante como lucro para James, cerca de R$ 5 mil por dia. Claramente, havia fraudes nessas informações de lucros, porque nada dá um lucro diário assim”, explicou a delegada.
Planejamento e Execução
Incapaz de pagar a dívida, Fabrício decidiu matar James. Carlos Inácio, aluno de James, foi o intermediador entre Fabrício (mandante) e Kauã (pistoleiro). Antônio Ricardo foi responsável por pegar a moto usada no crime e entregá-la a uma pessoa que a passaria para Kauã.
“Foi um crime premeditado. Fabrício, que se dizia amigo de James, levou o executor no próprio carro à academia um dia antes para mostrar onde James parava o carro, a hora que ele chegava e fornecer uma foto de James para que o executor não tivesse dúvidas na hora de executar”, detalhou a delegada.
