*Da Redação Dia a Dia Notícia
O 1º Alerta de Cheias da Bacia do Amazonas de 2025, divulgado nesta sexta-feira (28) pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), indica que Manaus deve enfrentar uma cheia leve a moderada, dentro da normalidade. Entretanto, nos municípios que recebem influência do Rio Madeira, Itacoatiara (a 176 quilômetros a leste de Manaus) e Parintins (a 369 quilômetros a leste), a cheia será mais severa. A previsão aponta que as cotas máximas dos rios Negro, Solimões e Amazonas não devem atingir os patamares das quatro maiores já registradas na história, com previsão entre 22 m e 29 m.
De acordo com o SGB, a análise dos dados hidrológicos e climáticos aponta para um cenário de chuvas dentro da média histórica. Isso significa que, embora haja elevação do nível dos rios, não se espera um aumento significativo que cause grandes inundações na capital amazonense.
Segundo o gerente de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil/Superintendência de Manaus, André Marinelli, a cheia será dentro da normalidade na capital. Entretanto, nos municípios que recebem influência do Rio Madeira, Itacoatiara e Parintins, a cheia será mais severa.
“A gente tá saindo de uma propabilidade de uma ordem de cheia em Manaus de 30% para uma cheia severa na região de Itacoatiara e Parintins, municípios da área de Várzea, na ordem próxima a 70%. Agora é esperar o que vai se efetivar de propabilidade de chuvas elevadas para abril e maio que existe essa chance de termos chuvas acima do esperado. E, se concretizar, a gente vai ter um valor mais apurado para essa previsão”
Sobre as intensas chuvas que atingem a capital, Marinelli afirma que os impactos serão nos municípios que ficam abaixo de Manaus. As chuvas que ocorrem no Alto Solimões, no Alto Rio Negro serão monitoradas e é ela que influencia a cota das cheias em Manaus.
Conforme explicou Clóvis Araújo, secretário executivo da Defesa Civil do Amazonas, apesar da cota seguir dentro da normalidade foi observado que a situação de emergência decretada nos municípios é em decorrência do impacto causado a população e não aos níveis dos rios.
“Se o volume pluviométrico das chuvas continuarem bastante significativo, esses municípios, principalmente aqueles que recebem influência de outros países como Peru e etc, vai fazer com que tenhamos uma elevação considerada desses rios e cause impacto a população. Acreditamos que nós teremos uma cheia de leve a moderada, mas teremos com certeza a necessidade de dar assistência a esse municípios”.
Manaus
Para a capital amazonense, a previsão de atingir a cota de emergência será a partir da segunda quinzena de abril. Segundo o tenente coronel Lima Júnior, secretário executivo de Proteção e Defesa Civil (Sepdec), Manaus deve alcançar a cota de inundação de 27,30 cm e 19 bairros serão afetados. Pontes serão construídas nos bairros São Jorge, zona oeste e Educandos, zona sul.
“A previsão de atingir a cota de emergência será a partir da segunda quinzena de abril. Manaus deve alcançar a cota de inudação de 27,30 cm. Os trabalhos preventivos seguem a partir da semana que vem com a construção de pontes nos bairros de São Jorge e Educandos.
O SGB ressalta que o monitoramento da bacia do Amazonas é contínuo e que as previsões podem ser atualizadas caso haja mudanças nas condições climáticas.