*Da Redação Dia a Dia Notícia
No último sábado (30), a primeira Marcha para Exu reuniu mais de 100 pessoas no Centro de Manaus, as quais protestaram contra a intolerância religiosa e para dar um novo significado à entidade das religiões de matriz africana. A manifestação começou na Praça da Polícia e seguiu em marcha pelas ruas do Centro até a Praça do Congresso, em frente ao Instituto de Educação do Amazonas.
À Agência Cenarium, o pai de santo Alberto Jorge destacou que Exu é uma entidade sagrada para os seguidores do candomblé e da umbanda, e que a demonização da figura é fruto da construção de outra cultura.
“Dentro da concepção gêge, ele é o primeiro filho do criador. E no nagô também tem essa situação. Ele que é o comunicador, dinâmico e que erroneamente foi sincretizado com satanás (…) Essa entidade não tem nada de demoníaco. O demônio é uma construção, uma criação de uma outra cultura que não é a África”, disse.
Em entrevista ao Radar Amazônico e presente na marcha, Gustavo Henrique pontuou que a intolerância às religiões ocorre por falta de conhecimento.
“Eu não costumo rotular Exu como uma coisa só. Para mim Ele é caminho, amor, é luz, a nossa vontade, nosso desejo é nosso ser, entende? Muito da intolerância e ignorância com as nossas religiões vem por falta de conhecimento. Então é o estudo, amor e empatia”, afirmou.