*Da Redação do Dia a Dia Notícia
A indígena e ativista amazonense Vanda Witoto protagonizou um dos momentos mais marcantes da Global Summit durante evento no Rio de Janeiro, ao entregar um presente simbólico ao príncipe William, herdeiro do trono britânico. No encerramento do evento, Vanda coroou o príncipe com uma vestimenta artesanal com flechas, produzida por mulheres indígenas do @ateliederequine, gesto que uniu tradição, ancestralidade e diplomacia climática.
A líder indígena coroou o príncipe com uma vestimenta artesanal produzida por mulheres indígenas do @ateliederequine, peça que representa a força das mulheres e a herança espiritual das anciãs da Amazônia. “Nosso trabalho honra as nossas mulheres, nossas avós que vieram antes de nós”, afirmou Vanda, ao explicar o significado do presente. O momento foi interpretado como o encontro simbólico entre uma rainha ancestral e um futuro rei, selando uma aliança espiritual entre os povos da floresta e as lideranças globais pela preservação ambiental.
Antes de fazer seu primeiro discurso no Brasil, o príncipe William teve uma reunião privada de cerca de 30 minutoscom indígenas, ativistas ambientais, representantes de governos e do setor privado. O encontro ocorreu antes da Cúpula da United for Wildlife, organização fundada por ele para combater o tráfico de vida selvagem.
Durante a conversa, o príncipe demonstrou grande interesse pelas culturas indígenas e fez diversas perguntas aos participantes. Vanda Witoto presenteou o herdeiro com um lenço com flechas, símbolo de proteção e ancestralidade, confeccionado em aproximadamente três horas pelas mulheres do seu povo. William recebeu o presente com emoção e o vestiu imediatamente. “Espero que o senhor leve esta lembrança como expressão da nossa cultura e da nossa ancestralidade”, disse Vanda ao entregar a peça.
Em resposta, o príncipe demonstrou apoio à causa indígena: “Você me tem como aliado”, afirmou ele, reforçando o compromisso de trabalhar ao lado das comunidades tradicionais na defesa da Amazônia.
Em outro momento da conversa, William interagiu com Maísa Guajajara, também liderança indígena, e mostrou simpatia ao contar que havia treinado a pronúncia do nome de seu povo. “Guajajara, guajajara… treinei muito para falar certo”, brincou, lembrando a série documental “Guardiões da Floresta”, que retratou os Guajajara em um dos episódios.
O encerramento da cúpula ficou marcado pela fala de Wanda Witoto, que emocionou o público ao convocar a união dos povos em prol da vida. “A floresta nos ensina que precisamos agir juntos. Sejam como formigas, unidas, resilientes e fortes”, declarou.
