*Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium
MANAUS – Enquanto a Prefeitura de Manaus ainda negocia para ter usina própria de produção de oxigênio, municípios do interior do Amazonas começam a instalar as usinas adquiridas para atender pacientes com Covid-19 que precisam do insumo por conta de complicações da doença. A demanda de oxigênio nas unidades de saúde do Amazonas triplicou nas últimas semanas em virtude do aumento de internações causadas pela Covid-19.
Parintins já começa a montagem de usina adquirida da Alemanha para que o município não sofra com a falta de oxigênio. A estrutura montada na cidade terá a capacidade de atender até 80 leitos. A usina de oxigênio será instalada no hospital público da cidade, Jofre Cohen.
Outro município que correu para adquirir usina de oxigênio foi Coari, a estrutura já está a caminho do município e entrará em funcionamento até quarta-feira, 20. A usina terá capacidade para atender o hospital com abastecimento direto, assim como para envasar cilindros que serão utilizados nas UBS, ambulâncias, comunidades interioranas, e terá capacidade ainda de atender cidades próximas.
Capital
Neste domingo, o prefeito de Manaus David Almeida (Avante) disse, em entrevista recente à Globo News, que ainda negocia a instalação da primeira usina de oxigênio. A estrutura será montada na Maternidade Moura Tapajóz, localizada no bairro Compensa, zona Oeste da capital, e fornecerá o insumo para todos os serviços de saúde administrados pelo município.
Usinas no interior
Sete usinas de oxigênio, requisitadas pelo governo federal, com a finalidade de contribuir para a geração de oxigênio a uma parte dos hospitais estaduais do Amazonas. A requisição está assegurada tanto na Constituição Federal, quanto na Lei nº 8.080/1990, a Lei do SUS. A previsão é de que as usinas comecem a operar nesta semana.
Inicialmente, duas usinas vão abastecer a enfermaria de campanha do Hospital Delphina Aziz. Três delas vão atender os hospitais Platão Araújo, Francisca Mendes e Instituto de Saúde da Criança do Amazonas (Icam). Outras duas usinas restantes serão destinadas a outros hospitais a serem definidos.
Chegaram a Manaus cinco unidades que produzem 13 m³ por hora, uma unidade que produz 17 m³ por hora e uma unidade de 22 m³ por hora. Assim que colocadas para funcionamento, as usinas terão capacidade para geração de oxigênio a 100 leitos de UTI.
As estruturas contribuirão com o sistema de gases medicinais de cada unidade, fazendo com que a longo prazo o Governo do Estado economize com a compra de oxigênio. As usinas evitarão, ainda, que os tanques das unidades sejam abastecidos de forma frequente. A estimativa é de que as usinas entrem em funcionamento após três dias de instalação, de acordo com o Ministério da Saúde.