*Da Revista Cenarium
MANAUS – A REVISTA CENARIUM recebeu uma denúncia de que o prefeito de Rio Preto da Eva (a 58 quilômetros de Manaus), Anderson Sousa (PP), é acusado de pagar um imóvel no valor de R$ 48 mil reais. De acordo com o denunciante, o local não existe na cidade e a locadora é a sogra de Sousa. O caso será denunciado ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, segundo fontes.
De acordo com o denunciante que preferiu não se identificar, um imóvel de alto padrão no interior pode custar R$ 4 mil reais. “Triste é notar que esse tipo de prática, principalmente no interior, é muito comum”, diz. Ainda segundo o morador, o caso do imóvel foi descoberto nesse domingo, 7, e acusa uma suposta modalidade de corrupção. “Absurdo também essa nova modalidade de rachadinha familiar”, disse.
Segundo a fonte, a locadora da suposta residência é a sogra do atual prefeito do município, mãe da primeira-dama Soraya Almeida de Sousa. De acordo com informações, a mulher, que não foi identificada, não é moradora de Rio Preto da Eva e o denunciante desconhece o paradeiro da mesma. “Eu, pessoalmente, não a conheço. Frequento Rio Preto da Eva há mais de 20 anos, conheço a maioria dos moradores. Ela não mora lá”, informou.
O caso será denunciado às autoridades. “Além dos moradores revoltados, há servidores públicos da educação nos quais o prefeito cortou gratificações legais. As denúncias serão feitas ao Ministério Público (MP-AM) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM)”, ressaltou.
Outras polêmicas
Anderson Sousa já é conhecido das mídias. No Réveillon, com o decreto determinado pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), onde proibia eventos públicos para evitar aglomerações e frear o contágio da Covid-19 no Estado, o prefeito do município informou na época que a festa de Réveillon em Rio Preto da Eva não ia ser cancelada. Com várias atrações, o evento prometia queimas de fogos, DJ e encerramento às 2h.
Outra polêmica envolvendo Sousa é a compra de invermectina para tratamento precoce da Covid-19. O prefeito realizou a compra de 100 mil unidades do medicamento e um calendário foi feito para organizar a distribuição. O remédio não possui comprovação de eficácia para uso do tratamento contra a Covid-19.