*Da Redação Dia a Dia Notícia
Após semanas de negociação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fechou o desenho da reforma ministerial que garantirá a entrada do Centrão no governo. Formado majoritariamente por parlamentares conservadores, o bloco engloba mais de dez partidos e é liderado informalmente pelo Progressistas (PP) e pelo Republicanos, ambas legendas que fizeram parte da coligação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
Os novos membros do governo Lula são os deputados federais André Fufuca, do PP do Maranhão e aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); e Silvio Costa Filho, do Republicanos de Pernambuco, legenda ligada à Igreja Universal. O acerto final é que Fufuca chefiará o Ministério do Esporte, atualmente sob o comando de Ana Moser, enquanto Silvio Costa Filho deve ficar com o Ministério de Portos e Aeroportos, de Márcio França (PSB).
O Ministério do Esporte será turbinado com verbas da taxação de apostas esportivas, o que garantiu a negociação com o PP. No caso da pasta de Portos e Aeroportos, Lula ainda precisará conversar com Márcio França, aliado do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Cogita-se transferi-lo para o Ministério da Indústria e Comércio, chefiado por Alckmin, ou Ciência e Tecnologia, comandado atualmente por Luciana Santos (PCdoB).
Apesar de integrantes de legendas do Centrão já comporem o governo, como Simone Tebet (MDB) e Celso Sabino (União), eles não garantiam apoio claro dos deputados e senadores, que mudaram a dinâmica do poder na era Bolsonaro com o advento do Orçamento Secreto, tornado ilegal pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado.