Manaus, terça-feira 23 de dezembro de 2025
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Por 4 votos a 2, Silas Câmara tem mandato cassado pelo TRE-AM

Foto: Reprodução/Instagram

*Da Redação Dia a Dia Notícia 

O juiz Carlos Alberto Pereira de Castro, da 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis, condenou o empresário Luciano Hang e a rede de lojas Havan ao pagamento de mais de R$ 85 milhões por uma suposta prática de coação eleitoral durante a campanha presidencial de 2018. A sentença ainda é passível de recurso e é resultado de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

Em nota, Hang disse que a decisão é “descabida e ideológica” e que juiz “seguiu sua própria ideologia”. A reportagem entrou em contato com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SC) e aguarda retorno sobre detalhes da condenação e do montante calculado.

Segundo a ação, Luciano Hang teria promovido campanhas políticas em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) envolvendo de maneira compulsória seus funcionários em “atos cívicos” da empresa. O empresário é acusado de ameaçar fechar lojas e demitir empregados caso o candidato adversário, Fernando Haddad (PT), vencesse a eleição.

A promotoria alega, ainda, que os trabalhadores teriam sido constrangidos a revelar suas preferências eleitorais em enquetes internas, mesmo quando a preferência do dono da empresa já era conhecida.

Segundo detalhes do processo que corre em sigilo, e que o UOL teve acesso, os procuradores destacam que “os réus valeram-se de sua condição de empregadores para impor sua opinião política a respeito dos candidatos à Presidência da República e para vincular, de maneira absolutamente censurável, a manutenção dos postos de trabalho de seus colaboradores”. A coação teria sido realizada por meio de métodos humilhantes e vexatórios, incluindo pesquisas eleitorais obrigatórias sem respaldo legal.

Em resposta à decisão, Luciano Hang alegou que não foram comprovadas irregularidades durante a época dos acontecimentos, citando perícias realizadas pela Justiça do Trabalho. O empresário disse, ainda, que o juiz agiu de acordo com sua própria ideologia, retratando-o como criminoso.

“É um total absurdo. Inclusive, na época dos acontecimentos foram feitas diversas perícias nomeadas pela própria Justiça do Trabalho e nada ficou comprovado, não houve irregularidades. O juiz deveria seguir as provas, o que não fez, seguiu a sua própria ideologia. Mais uma vez o empresário sendo colocado como bandido”, disse.

Hang afirmou ainda que “tudo foi feito de modo a garantir a liberdade dos colaboradores. Afinal, temos até hoje em nosso quadro, colaboradores de várias outras ideologias políticas. Aliás, importante lembrar que o voto é secreto e cada um votou conforme sua convicção”.

O empresário afirma também que a denúncia não partiu de colaboradores, mas sim de agentes públicos com militância política e sindicatos. “Estamos tranquilos e vamos recorrer da decisão, afinal, nada foi feito de errado e isso já havia sido comprovado lá atrás. Ainda acreditamos na Justiça brasileira”, completou.

*Com informações da Gazeta do Povo

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