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Ponta Negra vai ganhar rampa de acesso ao rio para PcDs e playground inclusivo

Com o olhar voltado para construção inclusiva e sustentável, além de estar próximo de um dos cartões-postais naturais de Manaus, o rio Negro, a Prefeitura de Manaus está em fase de aprovação de recursos para dois novos projetos, que vão deixar o Complexo Turístico Ponta Negra ainda mais acessível. A partir de um convênio entre o Ministério do Desenvolvimento Regional, Caixa Econômica e prefeitura, o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) está aprovando dois projetos arquitetônicos no parque, um de ampliação de acessibilidade à praia para Pessoas com Deficiência (PcDs) e um de urbanização de área de lazer e playground inclusivos.

“O acesso até a praia e o rio é uma iniciativa do prefeito David Almeida, destinada a transformar o ambiente construído em algo mais sustentável e inclusivo, com valor social sem precedentes em Manaus. Uma rampa de acesso deixará as pessoas com deficiências mais perto da água e de toda sua beleza”, explica o diretor-presidente do Implurb, engenheiro Carlos Valente.

A primeira obra é uma ampliação do complexo com calçadão, construção de área com equipamentos de ginástica para pessoas com deficiência de mobilidade, quadra de basquete inclusiva e a rampa. Todo esse complexo será interligado ao calçadão de pedras portuguesas já existente, com as inclinações e recomendações exigidas para atender as normas vigentes para os PcDs. A área total a ser construída é de 648,02 metros quadrados.

A rampa de acesso até a água será em concreto e ficará localizada no fim da praia, perto da Escola de Remo e receberá uma extensão do calçadão. Neste espaço serão dispostos equipamentos e mobiliários, lixeiras, iluminação, quadras pavimentadas e projeto de paisagismo. “A quadra e a rampa serão executadas de forma a se obter uma superfície perfeitamente homogênea do ponto de vista arquitetônico e paisagístico, compondo espaços urbanos integrados, agradáveis e acessíveis”, afirma o diretor de Planejamento Urbano, arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro.

Para o paisagismo dos projetos foram escolhidas espécies como árvores de pau-pretinho, grama esmeralda, ixoria e singonio. No playground inclusivo, com área total de 485,97 metros quadrados, os brinquedos estarão interligados ao calçadão por uma rampa, incluindo uma torre, balanços, rede de escalada e um gira-gira. Piso emborrachado e ligação de piso com rampa em pedra portuguesa completam o traçado, mantendo o padrão do parque.

O complexo 

Com um traçado sinuoso, que lembra o Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões, o calçadão tem desenhos em pedras portuguesas, semelhante aos que foram usados pelo paisagista Burle Max. Desde 2011, a praia não desaparece mais sob as águas do Negro, durante a cheia dos rios. A técnica perene foi a mesma usada em praias famosas como a de Copacabana, no Rio de Janeiro, e nas ilhas artificiais de Dubai, nos Emirados Árabes. A praia perene tem 4,8 mil metros quadrados.

As pedras portuguesas apareceram primeiro em Manaus, no largo de São Sebastião, em frente ao Teatro Amazonas, em 1905. Na Ponta Negra, os desenhos são geométricos e em ondas sinuosas, conferindo ao espaço um piso antiderrapante, que tem mais absorção de águas pluviais e retém menos calor.

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