Mensagens recuperadas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro mostram 360 diálogos entre Monique Medeiros com a família após a morte do filho, Henry Borel. As informações são da Amanda Martins, da BandNews FM.
Com o pai, Fernando José Fernandes, ela trocou 134 mensagens entre 13 e 24 de março. A ele, Monique diz que deve merecer tudo que estava acontecendo porque foram escolhas dela e que agora está colhendo. Em determinado momento, a professora diz que se sente culpada. O pai responde, então que todos erraram e que nada acontece se Deus não permitir.
Com a mãe, Rosângela Medeiros, Monique conversou 226 vezes entre mensagens, ligações e envio de arquivos. No dia 16 de março, Monique contou que estava indo ao escritório do advogado dela e de Jairinho e que no dia anterior tinha passado por sete horas de interrogatório fazendo um possível inquérito.
Monique pede então “que Deus me ajude” e a mãe responde que isso tudo vai passar e que tem coisas que nós, mães não conseguimos evitar que o filho passe.
A perícia nos dois celulares de Jairinho, deve ser concluída ainda esta semana. Depois disso, a Polícia pretende finalizar o inquérito e indiciar político e Monique por homicídio duplamente qualificado com uso de tortura e sem chance de defesa da vítima. A Polícia Civil não deve colher um segundo depoimento de Monique Medeiros.
Alvo de críticas
A atuação de André França Barreto, advogado que defendeu Jairinho e Monique no início da investigação da morte do pequeno Henry Borel, é alvo de muitas críticas.
A própria juíza que decretou a prisão de Jairinho e Monique classificou de “insólita” a atuação do defensor, que acompanhou os depoimentos de todas as testemunhas. Para a magistrada, isso seria uma maneira de controlar e fiscalizar o que elas diziam
Cassação do mandato de Jairinho
Nesta terça-feira (27), a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores do Rio aprovou em menos de 24h o pedido de cassação do mandato de Jairinho. Agora a representação que pede a cassação está sendo analisada pela Comissão de Justiça e Redação, que era presidida justamente por Jairinho. A Comissão tem um prazo de até cinco dias úteis para decidir se dá continuidade ao caso.