*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Quase três anos após o assassinato do multicampeão de jiu-jítsu Leandro Lo, o caso entra em uma nova fase: o tenente da Rota Henrique Otávio Oliveira Velozo será julgado por um júri popular na próxima semana, em São Paulo. Ele é acusado de homicídio qualificado por motivo fútil após matar o atleta com um tiro à queima-roupa durante um show no Clube Sírio, na zona Sul da capital, em agosto de 2022.
A defesa de Velozo nega que o disparo tenha sido intencional. No entanto, imagens de câmeras de segurança reveladas recentemente mostram o momento exato do crime, indicando que o policial, mesmo após ter sido imobilizado e liberado por Leandro, sacou a arma, efetuou o disparo e ainda desferiu chutes contra o corpo já caído do lutador.
Testemunhas relataram que a confusão começou quando o tenente, fora de serviço, se aproximou de um grupo de amigos de Lo e passou a provocar o atleta. Após ser contido com um mata-leão, Velozo se afastou, mas voltou armado poucos segundos depois.
Preso preventivamente desde o crime, o oficial da Polícia Militar também enfrenta um processo administrativo no Conselho de Justificação, que pode decidir pela sua expulsão da corporação — um julgamento que, por lei, pode se arrastar por até duas décadas, mesmo em caso de condenação criminal.
Em março de 2023, o Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou que o policial voltasse a receber salário, enquanto aguardava julgamento, o que gerou críticas da opinião pública.
Leandro Lo era um dos nomes mais respeitados no jiu-jítsu mundial. Com oito títulos mundiais, foi homenageado postumamente pela International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF), que o incluiu no Hall da Fama da modalidade em 2023.
*Com informações do portal Terra
