*Lucas dos Santos – Da Redação Dia a Dia Notícia
O senador amazonense Plínio Valério (PSDB) criticou, em pronunciamento no plenário do Senado nesta terça-feira (7/3), a campanha do grupo Sleeping Giants Brasil para que empresas privadas deixem de patrocinar os canais da Jovem Pan. O parlamentar considera a campanha como “intimidação” e afirmou que associações de rádio, televisão e imprensa se manifestaram contra esse tipo de campanha. A Jovem Pan atualmente é alvo de um inquérito do Ministério Público Federal que apura divulgação de notícias falsas e incitação aos atos golpistas que culminaram nos ataques em Brasília em 8 de janeiro.
“Por meio das redes sociais, os perfis de empresas são marcados para que deixem de anunciar em determinadas emissoras de radiodifusão, inclusive a Jovem Pan, sob pena de serem constrangidas e expostas para a sociedade até o atendimento de suas demandas”, explicou
Plínio Valério afirmou que embora a iniciativa seja apontada como algo “surgido naturalmente na sociedade civil”, ela possui uma movimentação puramente política de forma oculta. O parlamentar também registrou nota publicada pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), formada por empresas privadas para defender os interesses de seus proprietários, que informou estar acompanhando com preocupação as reiteradas campanhas de boicote promovidas pelo movimento.
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Recentemente, uma matéria publicada pelo portal investigativo The Intercept Brasil mostrou que a Jovem Pan teve prejuízo de R$ 837.747,28 em perdas de contratos desde o início da campanha #DesmonetizaJovemPan, capitaneada pelo Sleeping Giants Brasil.
“Ano passado, cinco pessoas morreram após terroristas invadirem o Capitólio para atacar a eleição. Recentemente, Brasília mostrou que seremos reféns de um novo Capitólio enquanto a Jovem Pan lucrar com discursos golpistas. Nos ajude a salvar a democracia”, divulgou o movimento na campanha.
O dano financeiro fez a emissora ingressar na Justiça do Estado de São Paulo contra o movimento, acusando-os de realizar perseguição e campanha difamatória. Até o momento, o pedido para que a campanha seja suspensa foi negado por duas instâncias da Justiça paulista, mas foram autorizadas diligências para verificar se haveria financiamento suspeito na campanha.
O caso agora deve chegar ao Supremo Tribunal Federal. Na casa, questões relativas aos inquéritos das fake news estão sob a alçada do ministro Alexandre de Moraes.
