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PF investiga David Almeida por corrupção após ele ser citado em grampo, diz UOL

Arte: Marcus Farias/Dia a Dia Notícia

*Da Redação Dia a Dia Notícia 

O prefeito de Manaus e candidato à reeleição, David Almeida (Avante), é investigado pela Polícia Federal por suspeita de receber propina para favorecer uma empresa em licitações. O dinheiro teria sido entregue a Dulce Almeida, irmã do prefeito e secretária municipal de Educação. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (2) pelo UOL.

De acordo com o site, um relatório do Ministério Público Federal (MPF) aponta propina de R$ 100 mil. O montante seria sido entregue à irmã do prefeito por José Antonio Marques, sócio da Tumpex, empresa que realiza coleta de lixo em Manaus.

Em troca, o empresário teria recebido ajuda para vencer uma licitação de R$ 6 milhões para a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf). Tratava-se de uma compra de sacos de ráfia, usados para transportar pedras, areia, entulho e outros materiais.

A informação foi obtida pela Polícia Federal por meio de escuta telefônica iniciada em 6 de março de 2022. O alvo era José Antonio, sócio da Tumpex, investigado por sonegação fiscal, mas, em conversa gravada com outro empresário, ele mencionou a suposta propina para fechar contratos com a prefeitura.

“Nesta conversa, o investigado [José Antonio] afirmou que teria entregado R$ 100.000,00 para Dulcineia Ester Pereira de Almeida, atual secretária municipal de Educação de Manaus e irmã do prefeito de Manaus/AM, David Almeida, por possíveis favorecimentos em licitações”, diz um trecho do relatório do MPF. 

O UOL entrou em contato com a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), que afirmou que a investigação está em curso e deverá concluir a inexistência de qualquer crime relacionado à gestão de David Almeida. A prefeitura acrescentou ainda que vai abrir “ações civis e criminais” contra quem geras as afirmações.

Áudios apontam vazamento de informação privilegiada

José Antonio teria se encontrado pessoalmente com David Almeida no Hotel Cassina, quando ouviu que sua situação seria resolvida. A informação consta no relatório que o site teve acesso e foi obtida por agentes da PF por meio de interceptação telefônica.

Em ligação no dia 24 de março de 2022, o sócio da Tumpex mencionou a outro empresário que teria recebido informação privilegiada. Os investigadores citam que o número de lotes da licitação era de conhecimento de José Antonio muito antes da publicação do edital, que viria a ocorrer em 4 de abril.

A geolocalização dos celulares mostra que José Antonio esteve no mesmo lugar que o marido da sobrinha do prefeito. Pedro Thadeu de Moura é suspeito de fazer parte do suposto esquema. Ele é gerente de um banco onde o sócio da Tumpex “efetuava saques em espécie” com frequência.

Por sua vez, a prefeitura de Manaus informou que o Hotel Cassina é um prédio da administração municipal e alegou que várias reuniões ocorrem no local e que o empresário nunca venceu licitações.

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