*Da Redação Dia a Dia Notícia
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou que a Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito para investigar a compra e o destino de 19 toneladas de bisteca compradas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A carne deveria chegar a indígenas no Amazonas, mas nunca foram entregues. A presidente da Funai, Joênia Wapichana (Rede), também determinou uma sindicância interna sobre a questão. O caso foi revelado por uma série de reportagens do jornal O Estado de S. Paulo.
Toneladas de bistecas desaparecidas: a Policia Federal instaurou Inquérito Policial para investigar a compra e o destino da carne supostamente direcionada aos indígenas no Amazonas, adquirida em anos pretéritos.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) May 16, 2023
Os contratos de compra foram assinados na gestão Bolsonaro. O de maior valor continua em vigor no atual governo. Os gastos bancaram a aquisição de carne congelada, apesar de os indígenas não possuírem geladeira ou outra forma de armazenar o alimento. Dois fornecedores ficam em Manaus, a mais de 1 mil quilômetros das aldeias.
O sumiço das bistecas foi confirmado à reportagem pelos indígenas que deveriam receber o produto e por um comerciante que deveria enviá-lo. Até a funcionária da Funai que assinou o contrato de compra fala em desperdício de dinheiro público. Ela alega que seguia ordens de seus superiores.
A reportagem também apontou gastos de R$ 4,4 milhões em sardinha e linguiça calabresa para indígenas yanomami. A medida contrariou uma orientação técnica, porque esses alimentos não são consumidos pelos indígenas. O governo Bolsonaro também teria comprado, sem licitação, pescoço de galinha a R$ 260 o quilo, preço 24 vezes maior.
