*Da Redação Dia a Dia Notícia
Durante busca e apreensão na casa do ex-ministro da Justiça e secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, policiais federais encontraram uma minuta de um decreto para que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) instaurasse estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O objetivo do decreto seria reverter o resultado da eleição de 2022, que terminou com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O documento foi encontrado no armário de Anderson Torres na última terça-feira (10/1). O material tem indícios de ter sido produzido após o segundo turno e teria como fim apurar suposto abuso de poder, suspeição e medidas ilegais adotadas pela presidência antes, durante e depois do processo.
O estado de defesa está previsto no artigo 136 da Constituição Federal. O dispositivo permite que o presidente da República, após ouvir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, intervenha em locais restritos e determinados para “reservar ou prontamente reestabelecer a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza”.
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Em sua conta no Twitter, Anderson Torres afirmou que havia em sua casa “uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim”.
A fala, contudo, foi vista por usuários como tentativa de destruir provas. O advogado de Anderson Torres, Rodrigo Roca, afirmou à emissora CNN Brasil que o documento não foi descrito por Anderson Torres e que o ex-ministro era abordado diariamente “por populares […] pedindo que levasse ao presidente algum tipo de sugestão”.
