*Da Redação do Dia a Dia Notícia
A Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (Gaeco-SP) deflagraram, nesta terça-feira (23), a Operação Barão de Itararé, que tem como principal investigado um auditor fiscal da Receita Estadual, onde Amom Mandel buscou conselhos sobre gestão, envolvido em atos de corrupção, para favorecer organizações criminosa que atuam na venda de combustíveis adulterados.
Trata-se de desmembramento da Operação Boyle, deflagrada no dia 8/2/2024, que identificou três organizações criminosas distintas, especializadas em adulteração de combustível, por inúmeros meios, inclusive pelo uso do metanol, substância altamente inflamável e tóxica, cujo o uso como combustível é vedado pela legislação brasileira.
São Paulo é o principal inimigo da Zona Franca de Manaus (ZFM) e um dos estados que mais ataca os incentivos assegurados pela Constituição ao modelo econômico amazonense.
Em um vídeo postado em suas redes sociais em abril deste ano, Amom Mandel divulgou que estava a caminho de uma reunião com o inimigo da ZFM “para saber o que poderia levar de bom de São Paulo para Manaus em termos de gestão”. No vídeo, aparecem três homens, entre eles, dois membros do alta escalão da Sefaz São Paulo, o subsecretário do Tesouro Estadual de São Paulo, Nerylson Lima da Silva, e Carlos Augusto Gomes Neto, coordenador da Administração Financeira, que é também auditor fiscal.
O encontro ocorreu a portas fechadas e não há registro nas redes sociais de Amom sobre que foi falado dentro da reunião.
A ZFM tem hoje mais de 500 empresas que, juntas, geram mais de 120 mil empregos diretos e aproximadamente 400 mil empregos indiretos. O lobby de São Paulo, acolhido pelo Governo Federal, pode resultar na saída de centenas de empresas e na hecatombe da economia amazonense, com o fechamento de milhares de vagas de emprego em Manaus.