*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Nas últimas semanas, a Polícia Federal (PF) intensificou as investigações sobre um suposto esquema de produção irregular de créditos de carbono em terras na Amazônia. Além de três projetos já em execução, novas iniciativas estariam sendo planejadas pelo grupo sob investigação.
De acordo com a PF, estão em desenvolvimento dois novos projetos de créditos de carbono. O grupo investigado também planeja expandir suas atividades para seis municípios ao sul do Amazonas, utilizando áreas públicas para esse propósito, com a meta de alcançar até 3,5 milhões de hectares de terras irregulares – uma área maior que a do estado de Alagoas.
Além dos créditos de carbono, os suspeitos também tinham planos de construir pelo menos cinco Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) em rios situados em propriedades rurais irregulares. Para isso, tentaram obter licenças ambientais do Ibama.
O relatório da PF indica que as PCHs já possuem autorizações para a captura, coleta e transporte de material biológico e estão próximas de obter a licença ambiental preliminar. No entanto, o Ibama esclareceu que os estudos ambientais necessários ainda não foram apresentados e, até o momento, nenhuma licença foi concedida.
Em uma operação recente, denominada Operação Greenwashing, a PF prendeu preventivamente três empresários e dois outros suspeitos de integrarem uma organização criminosa. A investigação tem como foco principal o grupo Ituxi, que opera em Lábrea, no sul do Amazonas.
Ricardo Stoppe Júnior, um dos proprietários do grupo Ituxi, é apontado como líder da organização criminosa nas investigações em andamento. A defesa do grupo Ituxi afirmou que se pronunciará após acessar o conteúdo completo das investigações.