A Petrobras (PETR4) informou ao mercado nesta sexta-feira (4) que realmente recebeu ofertas da 3R Petroleum e Eneva (ENEV3) pelo Polo Urucu. De acordo com a empresa, as propostas estão em etapa de avaliação pela companhia, o que subsidiará a sua tomada de decisão acerca dos próximos passos do desinvestimento.
Em relação aos valores, a Petrobras afirmou que está próximo ao estimado pela mídia, de US$ 1 bilhão e US$ 600 milhões.
“A Petrobras informa ainda que leva em consideração na análise das ofertas todas as componentes de valor e demais condições refletidas nas propostas, incluindo pagamentos firmes, pagamentos contingentes e outras condições contratuais relevantes, de tal forma que os valores veiculados na mídia não proporcionam uma base suficiente para comparação das ofertas recebidas”, afirmou a empresa.
A depender do resultado dessa avaliação, a companhia poderá promover nova rodada de solicitação de propostas vinculantes a todos os participantes do processo, com base na Sistemática de Desinvestimentos.
Polo de Urucu é um dos maiores do país
Em junho, a Petrobras anunciou a venda do Polo Urucu, incluindo campos produtores de petróleo leve e do gás natural que atende ao antigo sistema isolado de Manaus, no Amazonas. Os campos, na Bacia do Solimões, estão entre os maiores produtores em terra no Brasil.
Além disso, está ofertando as quatro unidades de processamento de gás natural (UPGNs) e estações de tratamento e compressão, tanques de petróleo e esferas de GLP.
Os campos estão em área remota e possuem aeroporto, centro médico e bases de apoio logístico, todos colocados à venda.
São, ao todo, sete campos – Araracanga, Arara Azul, Carapanaúba, Cupiúba, Leste do Urucu, Rio Urucu e Sudoeste Urucu –, que produzem 16,525 mil barris/dia de óleo e condensado e 14,281 milhões de m³/dia de gás natural.
As instalações de processamento incluem uma unidade de GLP, que produz 1,137 milhão de toneladas.
Os campos começaram a produzir nos anos de 1980.
A produção de gás natural é interligada à Manaus pelo gasoduto Urucu-Coari-Manaus. Atende a usinas termoelétricas, que no passado foram responsáveis por todo o abastecimento de energia do estado, antes da conexão de Manaus ao SIN.
*Com informações da Money Times.