*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Durante uma expedição no Parque Nacional Everglades, pesquisadores da Conservancy of Southwest Florida observaram uma cobra píton birmanesa engolindo um veado que pesava cerca de 35 quilos. O incidente foi documentado em um estudo publicado na revista Reptiles & Amphibians, trazendo à tona novas informações sobre os limites alimentares dessas cobras.
O biólogo Bruce Jayne, da Universidade de Cincinnati e um dos autores do estudo, relatou que a cobra em questão tinha aproximadamente 4,5 metros de comprimento e pesava 52 quilos. O mais impressionante foi o tamanho da boca da píton, que atingiu a impressionante abertura de 24 centímetros — um fato que surpreendeu os especialistas, já que se acreditava que o limite máximo para a abertura da boca das pítons era de 22 centímetros. Essa descoberta desafiou o entendimento anterior sobre a capacidade das pítons em consumir presas.
“Além do tamanho do veado consumido, que é notável, nossas medições anatômicas indicam que essa cobra estava muito próxima do limite de tamanho da presa que poderia ser consumida”, afirmou Jayne. Essa observação sugere que as pítons birmanesas são capazes de superar os limites do que se pensava ser possível em termos de presas consumidas.
O comportamento da píton foi descrito por Jayne como o de “superdotados”, indicando que essas cobras não se limitam a presas pequenas e comuns, mas testam os limites de suas capacidades anatômicas.
“Essas cobras não são preguiçosas que se contentam apenas com presas do ‘tamanho de um lanche’”, disse ele. Essa afirmação desafia a noção convencional de que as pítons são predadores meramente oportunistas, que se alimentam de qualquer presa que se apresente.