Pesquisadores do Centro de Pesquisas Canguçu, ligado à Universidade Federal do Tocantins (UFT), descobriram uma nova espécie de candiru, peixe amazônico também conhecido como canero ou peixe-vampiro. Batizado de Paracanthopoma cangussu em homenagem ao apoio dado pelo centro de pesquisas, a nova espécie apresenta muitas diferenças em relação a outros candirus pelos dentes, número de vértebras, nadadeira caudal e dorsal.
A descoberta foi feita pelos pesquisadores Elisabeth Henschel, doutoranda em Genética pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Axel Katz, biólogo e pesquisador de pós-doutorado na UFRJ, sob orientação do professor Wilson Costa.
Elisabeth afirma que a tese visa entender “como suas características morfológicas únicas associadas ao hábito parasita e como suas preferências alimentares evoluíram de diferentes formas ao longo do tempo”. A pesquisadora destaca que é preciso coletar diferentes exemplares do candiru para entender seu comportamento e que ainda existem dezenas de espécies novas para serem estudadas.
“Alguns candirus se alimentam exclusivamente de sangue, enquanto outros podem se alimentar de pele, muco e escamas de outros peixes e até mesmo de matéria orgânica em decomposição”, afirma.
Coordenador do centro de pesquisas, Renato Sarmento diz que o local recebe pesquisadores que buscam “acesso à região da Ilha do Bananal/Cantão, que possui características únicas por estar na transição do Cerrado com a Amazônia e ser considerada a área de maior biodiversidade do estado” do Tocantins.
*Com informações de Portal Amazônia
