*Da Redação Dia a Dia Notícia
O levantamento divulgado pelo instituto AtlasIntel aponta que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está com 52% das intenções de voto a menos de uma semana do segundo turno. Candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) está com 46,2% das intenções de voto. Lula cresceu 0,9 pontos em relação à última pesquisa da AtlasIntel, enquanto Bolsonaro caiu 0,3%. O levantamento ocorre alguns dias após polêmicas envolvendo o atual presidente, como o caso das meninas venezuelanas em Brasília e a prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), aliado de Bolsonaro até então.
O índice de votos indecisos e votos brancos ou nulos é de 1,8%. Excluindo esse percentual, Lula teria 53% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro teria 47%.
A margem de erro do levantamento é de 1 ponto percentual para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95%. Os dados foram coletados via web entre os dias 18 e 22, com participação de 4500 eleitores em 1404 municípios. A própria AtlasIntel contratou o levantamento e o registro no TSE é BR-06415/2022.
Transferência de votos
O crescimento de Lula pode ser explicado pela crescente transferência dos votos de Simone Tebet (MDB), que terminou a eleição em terceiro lugar com 4,16% dos votos válidos. A senadora sul-mato-grossense tem participado ativamente da campanha petista no segundo turno.
O resultado disso, segundo o levantamento da AtlasIntel, é que 69,6% dos votos de Tebet migram para Lula no segundo turno, enquanto 18,2% dos votos da senadora migram para Bolsonaro. Os 12,2% restantes votam branco, nulo, ou não decidiram ainda.
Entre os eleitores do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), Lula também lidera com 51,3% da migração de votos. O resultado é mais próximo de Bolsonaro neste caso, que possui a preferência de 41,6% dos eleitores do candidato trabalhista. Outros 7,1% ainda estão no campo dos indecisos, brancos ou nulos.
O instituto AtlasIntel foi o que mais acertou os resultados do primeiro turno, à frente de nomes tradicionais como Datafolha e Ipespe. Internacionalmente, o instituto é reconhecido por ter a menor margem de erro de eleições importantes, como os pleitos presidenciais da Argentina e dos Estados Unidos, além do referendo constitucional do Chile.