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Pesquisa aponta que 8 em cada 10 mulheres defensoras do meio ambiente sofreram violência na Amazônia

*Da Redação Dia a Dia Notícia 

O infográfico “Vitórias-régias na proteção dos direitos humanos e do meio ambiente” lançado pelo Instituto Igarapé, que contém dados inéditos aponta que entre 125 mulheres que se consideram defensoras, 100 delas já sofreram algum tipo de violência. Entre os casos reportados, violência moral e violência física são os tipos mais frequentes. O infográfico se originou a partir de um questionário on-line, que contou com as respostas de mais de 100 defensoras de direitos e do meio ambiente.

Pesquisa com formulário on-line realizada entre 14 de outubro a 2 de novembro de 2021. Fonte: Instituto Igarapé

Fizeram parte da pesquisa defensoras dos estados do Acre, Amazonas, Maranhão, Pará e Roraima. Ao todo, cerca de 132 mulheres responderam ao questionário. De acordo com os dados coletados pelo Instituto Igarapé, os principais tipos de violência relatados por estas mulheres foram violência moral (27%), violência física pessoal (19,7%), ameaça pessoal sem o uso de armas (14,2%), violência psicológica (10,8%) e violência e/ou ameaça contra familiares (9,5%).

Cerca de 63% das mulheres defensoras ouvidas na pesquisa são pretas, 41% são pardas e 23% são indígenas. Dentre as ouvidas, cerca de 27 mulheres relataram que sofreram mais de um tipo de violência, 12 relataram ter sofrido violência de mais de um agressor. Desconhecidos representam o maior número de agressores, onde representam cerca de 30% do total.

A pesquisa aponta também que mulheres da Amazônia brasileira, sofrem impactos diferenciados em processos violentos que são motivados por disputas como as relacionadas à posse de terra, exploração ilegal de madeira, exploração de minérios preciosos, expansão do agronegócio e desapropriação para grandes obras de infraestrutura. Além disso, em muitos casos as violências sofridas por estas mulheres não são reconhecidas ou registradas por órgãos oficiais.

Entre os anos de 2012 a 2019, cerca 80 mil casos de de violência contra mulheres foram registrados na Amazônia Legal de acordo com o Sistema de Saúde. E mais de mil mulheres foram mortas na Amazônia no ano de 2020, apontam dados das secretarias estaduais de Segurança dos Estados da Amazônia Legal.

O Instituto Igarapé é um think and do tank independente focado nas áreas de segurança pública, climática e digital e suas consequências para a democracia. Seu objetivo é propor soluções e parcerias para desafios globais por meio de pesquisas, novas tecnologias,  comunicação e influência em políticas públicas. O Instituto trabalha com governos, setor privado e sociedade civil para desenhar soluções baseadas em dados. Fomos premiados como a melhor ONG de Direitos Humanos no ano de 2018 e melhor think tank em política social pela Prospect Magazine em 2019. Somos uma instituição sem fins lucrativos, independente e apartidária, com sede no Rio de Janeiro. Nossa atuação, no entanto, transcende fronteiras locais, nacionais e regionais. O Instituto Igarapé tem profissionais em cidades de todas as regiões do Brasil e no Canadá, Colômbia, Estados Unidos e Reino Unido. Temos parcerias e projetos em mais de 20 países.

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