A duquesa de Sussex, Meghan Markle, disse que o Palácio de Buckingham não poderia esperar que ela e o príncipe Harry ficassem em silêncio se isso significar a “perpetuação de falsidades” sobre o casal.
O comentário surge em um trecho de uma entrevista com a apresentadora de TV americana Oprah Winfrey, que perguntou como Meghan se sentia sobre o palácio poder ouvi-la falando “sua verdade hoje”, segundo a BBC News.
Meghan também disse: “Se isso vem com o risco de perder coisas, quero dizer… Há muita coisa que já foi perdida.”
O Palácio de Buckingham está investigando alegações de que a duquesa teria praticado bullying contra funcionários da realeza.
As alegações foram publicadas depois que a entrevista com Oprah foi gravada.
Entrevista
A entrevista com a apresentadora, que irá ao ar nos Estados Unidos no domingo (7) e no Reino Unido na segunda-feira (8), deve detalhar o curto período de Harry e Meghan como membros da realeza trabalhando juntos antes de renunciarem a seus cargos para viverem nos Estados Unidos.
No vídeo de 30 segundos lançado pela emissora de TV americana CBS, Meghan diz:
“Não sei como eles poderiam esperar que, depois de tanto tempo, ainda ficaríamos em silêncio enquanto a The Firm (como é chamada a realeza britânica) desempenha um papel ativo em perpetuar falsidades sobre nós.”
O duque e a duquesa de Sussex deixaram seus cargos como membros sêniores da realeza britânica em março de 2020 e agora vivem na Califórnia (EUA).
Uma reportagem do jornal britânico The Times de quarta-feira (3) afirmou que a duquesa foi alvo de uma queixa quando fazia parte da realeza.
De acordo com a denúncia, o episódio aconteceu em outubro de 2018, enquanto o duque e a duquesa viviam no Palácio de Kensington após seu casamento, que ocorreu em maio daquele ano.
Um e-mail vazado por um funcionário e publicado pelo jornal alega que Meghan teria provocado a demissão de duas assistentes pessoais, uma delas um mês após assumir o posto. A profissional em questão já trabalhava para a Rainha havia 17 anos.
Segundo o mesmo e-mail, a duquesa teria ainda “abalado a confiança” de uma terceira funcionária.
Em um comunicado posterior, o Palácio de Buckingham – responsável pela contratação da equipe real – disse que estava “claramente muito preocupado com as alegações do The Times” e afirmou que sua equipe de Recursos Humanos examinaria as circunstâncias descritas na reportagem.
“A Casa Real tem uma política de Dignidade no Trabalho em vigor há vários anos e não tolera e não tolerará intimidação ou assédio no local de trabalho.”
‘Ataques contra Meghan’
As acusações de bullying são negadas por Meghan e pelo príncipe Harry.
Uma declaração emitida pelo porta-voz de Meghan em resposta à reportagem do jornal disse: “A duquesa está entristecida por este último ataque à sua pessoa, particularmente como alguém que foi alvo de bullying e está profundamente comprometida em apoiar aqueles que passaram por dor e trauma.
“Ela está determinada a continuar seu trabalho construindo compaixão mundo afora e continuará se esforçando para dar o exemplo de fazer o que é correto e fazer o que é bom.”
O príncipe Harry disse anteriormente que a decisão de deixar os holofotes foi para proteger a si mesmo e sua família da imprensa.
No mês passado, foi anunciado que o casal não voltaria como membros ativos da Família Real.
A CBS disse que Meghan foi entrevistada sobre “realeza, casamento, maternidade” e sobre “como ela está lidando com a vida sob intensa pressão pública”.
Ela aparece acompanhada pelo príncipe Harry. O casal também fala sobre sua mudança para os Estados Unidos no ano passado e seus planos futuros.
Em um vídeo anterior lançado pela CBS, Harry traçou paralelos entre o tratamento de sua falecida mãe, Diana, Princesa de Gales, e Meghan.