O período chuvoso facilita a proliferação do Achatina fulica, por isso a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), seguindo a determinação do prefeito de Manaus, David Almeida, orienta a população a combater e coletar, de forma segura, os focos desse molusco na cidade.
De acordo com o secretário da Semmas, Antonio Ademir Stroski, o combate ao caramujo neste período é importante, principalmente porque ele pode se tornar vetor de algumas doenças como a hepatite e a meningite.
“O caramujo não possui predador natural, por isso ele está relacionado entre as piores espécies exóticas invasoras de ocorrência mundial. Além disso, o caramujo carrega o vetor de doenças como a hepatite e meningite”, disse o titular da Semmas, ao ressaltar que a carapaça do caramujo acaba servindo de criadouro para o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e da febre amarela urbana.
O chefe da Divisão de Educação Ambiental (Diea) da Semmas, Raimundo Araújo, informou que para a carapaça não servir de criadouro para o Aedes Aegypti a orientação é de esmagá-la.
“Por isso se faz necessário seguir algumas orientações importantes nesse combate, e a Semmas elencou passos básicos para isso”, informou Araújo.
O primeiro de todos é saber diferenciar os caramujos nativos dos africanos.
“O africano chega a atingir até 15 cm. Além de maior, ele é mais alongado e mais escuro do que a espécie nativa, a partir daqui o trabalho vai se dedicar ao manejo correto do molusco, lembrando que, para fazer esse trabalho de coleta, a pessoa tem que estar com as mãos protegidas com luvas ou sacos”, disse o chefe da Diea.
Passo a passo
Deposite os caramujos em sacos plásticos; esmague os caramujos nos sacos; abra o saco plástico e coloque um pouco de sal grosso ou cal; feche corretamente o saco plástico e coloque no horário em que o carro coletor passa em sua região.
On-line
Por conta da pandemia, o curso presencial de formação de brigada de combate ao caramujo africano está temporariamente suspenso. Mas o titular da Semmas, Antonio Stroski, informou que já começou a preparar o primeiro curso on-line sobre o assunto.
“Infelizmente a pandemia nos tirou das ruas, onde combatíamos esse molusco. Já tínhamos uma programação extensa de formação de brigadas, mas agora estamos reestruturando o trabalho para que ele seja em forma de curso on-line. Vamos usar as ferramentas disponíveis na internet e iremos continuar esse combate”, informou o titular do órgão ambiental do município, assegurando que nas próximas semanas a Semmas irá anunciar a programação do curso on-line e a ferramenta virtual que será utilizada.