*Da Redação Dia a Dia Notícia
O maior jogador da história do Brasil, Pelé, falecido nesta quinta-feira (29), aos 82 anos de idade, teria influenciado um “cessar-fogo” na Nigéria, em 1969. O episódio “curioso” aconteceu quando o craque ainda estava no Santos Futebol Clube e foi para a África disputar uma partida amistosa com a seleção nigeriana.
À época, a Nigéria estava em meio a uma guerra civil entre dois grupos étnicos, que havia começado em 1967. E, segundo o Gshow, com base em relatos dos jogadores, o governo local teria decretado um “cessar-fogo” para que os atletas pudessem se deslocar em segurança na cidade de Benin, onde o jogo foi sediado.
Chegaram a difundir que a guerra civil foi parada porque todos queriam ver o Pelé. No entanto, um antropólogo consultado pela ESPN em 2020 disse que o episódio foi utilizado pelo governo nigeriano como “peça de propaganda”.
“O que eu afirmo tem como base toda uma pesquisa desenvolvida ao longo do projeto de pós-doutorado para a USP [Universidade de São Paulo]. A minha tese é que o Santos não interrompeu uma guerra civil na Nigéria. Ele não só não interrompeu a guerra, como, na verdade, foi utilizado como peça de propaganda pelo governo militar da Nigéria contra a república separatista de Biafra”, explicou José Paulo Florenzano ao portal. Ele estuda o tema há dez anos.
Fato é que o jornalista brasileiro Gilberto Castor Marques, que acompanhava a delegação do Santos, publicou que o dia em que a guerra foi paralisada para permitir o deslocamento de jogadores brasileiros em Benin virou feriado local.