Em nota técnica conjunta dos órgãos estaduais sobre o surto da doença de Haff (rabdomiólise), síndrome associada à “doença da urina preta”, informou que peixes de origem da piscicultura não têm restrição de consumo.
As secretarias de Produção Rural (Sepror) e de Saúde (SES-AM), Adaf (Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas) e FVS-AM (Fundação de Vigilância em Saúde) afirmam que não foi relatado consumo de peixes de piscicultura entre os casos notificados de doença no estado.
Os órgãos esclarecem que “os casos apresentam relato de consumo de peixe de vida livre, não sendo identificado o consumo de pescados provenientes de piscicultura entre os casos notificados da doença”.
Conforme o documento, os peixes de piscicultura seguem as normas de controle de processos estabelecidas pelos órgãos responsáveis, que vão desde a aquisição dos alevinos, passando pelo manejo, alimentação até a conservação dos produtos.
O secretário-adjunto de Pesca e Aquicultura da Sepror, Leocy Cutrim, disse que “o objetivo desta nota conjunta é minimizar os efeitos causados pelo surto da doença de Haff na economia do mercado de pescado local, tanto no município de Manaus como em todo o Amazonas”. “O peixe da piscicultura é saudável e bastante consumido, tanto o tambaqui como a matrinxã, sem relação com nenhum caso de rabidomiólise”, informa a nota técnica.
A nota esclarece que a rabdomiólise é uma síndrome que consiste na ocorrência de lise de células musculares esqueléticas, determinando súbita rigidez muscular, mialgia difusa, dor torácica, dispneia (falta de ar), dormência, perda de força em todo o corpo e urina cor de café, associada à elevação sérica da creatinofosfoquinase (CPK).