*Da Redação Dia a Dia Notícia
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o pastor evangélico Moisés Melo, da Igreja Assembleia de Deus no Amazonas (Ieadam) pedindo para que os fiéis votassem no deputado federal Silas Câmara (Republicanos) nas eleições de outubro deste ano. Moisés afirmou que Silas, que também é pastor da Ieadam, é o candidato da igreja. O caso ocorreu no último sábado (23/04) e foi transmitido na televisão aberta por meio da TV Boas Novas.
No culto, o pastor também pede votos para o vereador Joelson Silva (Patriota), pré-candidato a deputado estadual, e ao coronel da Polícia Militar Dan Câmara (Republicanos), irmão de Silas. No vídeo, o pastor pede várias vezes o apoio dos “homens da Assembleia de Deus”, sempre ressaltando com veemência a palavra “homens”. Moisés Melo afirmou que Silas Câmara precisa de pelo menos 50 mil votos para ser reeleito, mas pediu que os fiéis se esforçassem para alcançar 80 mil votos.
“O nosso deputado Silas precisa, em Manaus, de pelo menos 50 mil votos. Mas nós podemos chegar a dar 80 mil se nós quisermos, ou até mais. Os homens creem assim, Amém. Em Manaus, fora o interior do Estado. Os nossos queridos Dan e Silas, só Manaus pode elegê-los. O que vier do interior será uma bênção. Quantos creem que isso é possível digam glória a Deus”, discursou o pastor.
Crime eleitoral
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), influenciar o voto do eleitor configura propaganda eleitoral e só pode ser realizada durante o período da campanha, a partir do mês de agosto. Antes, é considerada propaganda irregular.
À revista Cenarium, o analista político Carlos Santiago afirmou que os pré-candidatos podem conceder entrevistas e utilizar suas redes sociais, mas não pedir votos explicitamente.
“Os pré-candidatos não podem, também, abusar do poder econômico e político. Quem utilizar de meios econômicos, acima do razoável nesse período, pode responder […] a uma ação de investigação judicial eleitoral por abuso do poder econômico e […] político, quando usa cargo público para pressionar ou conquistar apoio para si ou para terceiros”, afirmou.