O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), afirmou que armar a Guarda Municipal é necessário porque a cidade precisa de mais segurança pública. Almeida afirmou que “pra bandido, pra vagabundo, não se pode dar moleza” e “se eu puder dar armas pra eles (os guardas), dar chicote, chibata, eu darei para que eles deem nesses vagabundos”, disse o prefeito, nesta quinta-feira, 17/6.
O pronunciamento foi feito no auditório da Prefeitura de Manaus, na Compensa, zona Oeste, durante o lançamento do pacote de ações tem como objetivo modernizar a capital amazonense, além de gerar quase 60 mil vagas de empregos, direta e indiretamente.
Na ocasião, David Almeida falava sobre o bairro Morro da Liberdade, na zona sul, onde morou, mas sem fazer referência à violência no local.
A medida referente a Guarda Armada foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Amazonas na quarta-feira (16). A decisão de armar a guarda municipal foi tomada após os ataques criminosos na capital no domingo (6) quando ônibus e caixas eletrônicos de agências bancárias foram incendiados e delegacias de polícia sofreram atentados. O prefeito, inclusive, exemplificou sua justificativa ao relembrar o ataque à Praça das Letras, zona centro-oeste da capital.
“Eu tinha três guardas municipais lá na Bola das Letras quando chegaram três marginais, bandidos, vagabundos. Eles (os guardas) ficaram assistindo aos caras tacarem fogo. Se eles tivessem armas, eles teriam autorização de derrubar aqueles três vagabundos para servirem de exemplos para todos os outros”, disse o prefeito.
As armas que serão usadas pelos servidores são as já utilizadas pelos policiais civis e militares e serão requisitadas à Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM).
De acordo com Almeida, já existe uma negociação com o secretário de Segurança Louismar Bonates, que se prontificou a “fazer uma boa doação de armas, dessas pistolas que eles usam atualmente”, disse.
As pistolas, de início, servirão para o treinamento dos guardas. “Nós vamos armá-los com o que há de melhor, com armamento pesado, para eles estarem preparados para o combate caso tenham um confronto”, completou.
David ainda disse que “vagabundo, ninguém pode tratar como ser humano, não”, mas corrigiu em seguida: “ser humano, não, como cidadão. Tem que tratar como ser humano, mas como vagabundo”, concluiu.