As autoridades chinesas afirmaram durante entrevista coletiva na última quarta-feira (7) que os pandas gigantes, espécie natural do país, não estão mais ameaçados de extinção. Segundo Cui Shuhong, diretor do Departamento de Proteção Ecológica Natural do Ministério da Ecologia e Meio Ambiente, as espécies passarão a ser classificadas como vulneráveis.
A China passou mais de meio século buscando formas de aumentar a população da espécie, criando vastas reservas de pandas em várias cadeias de montanhas em um esforço para salvá-los da extinção.
Os pandas gigantes já haviam sido retirados da lista de animais ameaçados pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) em 2016, mas somente agora em 2021 as autoridades chinesas espelharam essa decisão.
“A China estabeleceu um sistema de reservas naturais relativamente completo. Grandes áreas de ecossistemas naturais foram sistemática e completamente protegidas e os habitats da vida selvagem foram melhorados de forma eficaz”, disse Cui durante a coletiva.
Os pandas são uma espécie extremamente difícil de procriar. As fêmeas só conseguem engravidar por 24 a 72 horas por ano.
Para conter a perda de seu habitat, a China criou reservas naturais especialmente projetadas em áreas onde sua principal fonte de alimento, o bambu, é abundante. Em 2017, o país anunciou que planejava uma reserva de 10.476 milhas (ca. 16.859 km) quadradas , o que corresponde a três vezes o tamanho do Parque Nacional de Yellowstone, nos EUA.
Os pandas são conhecidos na China como uma “espécie guarda-chuva”, ou seja, espécie que requer uma grande área de proteção para que garanta sua sobrevivência, e, consequentemente, a sobrevivência de várias outras espécies.
