Manaus, sexta-feira 5 de dezembro de 2025
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Pai aciona PM após filha desenhar orixá em atividade escolar em SP; escola defende ensino antirracista previsto em lei

*Da Redação do Dia a Dia Notícia 

O pai de uma aluna da Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) Antônio Bento, no Caxingui, zona oeste de São Paulo, acionou a Polícia Militar (PM) após descobrir que a filha de 4 anos fez um desenho da orixá Iansã em uma atividade no colégio. O caso aconteceu na tarde dessa quarta-feira (12).

No dia anterior (11/11), o pai já havia demonstrado insatisfação com a atividade, baseada no currículo antirracista da rede municipal de ensino, e chegou a rasgar um mural com desenhos das crianças que estava exposto na escola, segundo a mãe de um estudante.

Depois do episódio, a direção do colégio indicou que o homem participasse, na quarta-feira, da reunião do Conselho da Escola, prevista para acontecer às 15h. Ele não compareceu ao encontro, mas acionou a PM.

Por volta das 16h, quatro agentes armados, um deles com uma metralhadora, entraram no colégio. Eles informaram que receberam uma denúncia de um pai dizendo que sua filha estava sendo obrigada a ter “aula de religião africana”.

Os agentes teriam dito para a direção do colégio que a atividade escolar configurava “ensino religioso” e destacaram que a criança estava sendo obrigada a ter acesso ao conteúdo de uma religião que não é a de sua família. A abordagem foi considerada hostil por testemunhas.

Em resposta aos policiais, a escola enfatizou que o desenho fazia parte de uma atividade com o livro infantil “Ciranda em Aruanda”, que está no acervo oficial da rede municipal de São Paulo. A obra, da autora Liu Olivina, traz ilustrações de 10 Orixás e apresenta, em textos curtos, as características das divindades – Oxóssi, por exemplo, é retratado como “o grande guardião da floresta”.

A direção da Emei citou as leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08, que tornam obrigatório em todo o território nacional o ensino de história e cultura afro-brasileira, e explicou que a atividade não tinha caráter doutrinário. As crianças teriam apenas ouvido a história do livro e fizeram um desenho na sequência.

*Com informações do Metrópoles 

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