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Padaria em município do interior do Acre abriga 150 fósseis de animais pré-históricos

Foto: Fabiano Maisonnave/Folhapress
*Da Redação Dia a Dia Notícia

Um policial aposentado do município acreano de Marechal Thaumaturgo, a 557 km da capital Rio Branco, conseguiu reunir um acervo de pelo menos 150 peças de fósseis de animais pré-históricos como mastodonte, preguiças-gigantes e de purussauro, o maior jacaré já existente na história da Terra. As peças estão expostas nas prateleiras de uma padaria de propriedade do ex-policial.

Entre os ossos coletados por Renato Mota, dono do estabelecimento, estão uma costela de preguiça-gigante medindo 1,35 metro, um molar de mastodonte, parente do pré-histórico mamute e do contemporâneo elefante, pesando 3,6 quilos, bem como dentes do purussauro. O animal, extinto há cerca de 5 milhões de anos, podia pesar até 10 toneladas e habitava toda a região amazônica, mais precisamente na área que hoje pertence ao Brasil, Panamá, Peru, Colômbia e Venezuela.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Renato conta que coleciona os fósseis desde que chegou a Marechal Thaumaturgo em 1982. Segundo ele, os ossos foram encontrados principalmente em praias do rio Juruá e seus afluentes. O maior fóssil de seu acervo é a omoplata de uma peguiça-gigante, a qual pesa 32 quilos. Aos 81 anos e famoso na cidade, o idoso conta que os moradores do município levam para ele outras peças que encontram na região.

“Hoje me trouxeram esse osso de uma preguiça-gigante. Essa parte é da canela com o pé. Estavam tomando banho no rio São João e acharam”, contou enquanto mostrava o novo fóssil.

Renato conta que há anos vem tentando doar as peças, afirmando ter pedido a todos os prefeitos “para abrir um museu público, mas até hoje não consegui. Fico triste até. Depois de tantos anos coletando essas coisas, vou embora e não tem um local adequado para deixar para o público”.

A paleontóloga Lucy Souza, do Museu da Amazônia (Musa), localizado na capital amazonense Manaus, analisou o acervo de Renato e o considerou “muito relevante”.

“Há fosséis muito bem preservados, principalmente de preguiças-gigantes. Vi uma mandíbula de mastodonte completa. Isso é um registro que precisa ser estudado e pode complementar nosso conhecimento sobre esses animais do passado amazônico”, afirmou Lucy.

A pesquisadora ressaltou que a localidade onde os fósseis foram encontrados é pouco explorada e que “esses registros ajudam a gente a entender a distribuição das espécies, as variações que podem existir na anatomia delas”.

*com informações de Folha de S. Paulo

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