*Da Redação Dia a Dia Notícia
O superintendente da Zona Franca de Manaus (ZFM), Bosco Saraiva, afirmou que o governo de Jair Bolsonaro tentou fechar o polo industrial da região. Segundo ele, o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, reduziu drasticamente o IPI para enfraquecer as empresas do setor, enquanto o coronel Alfredo Menezes, então chefe da Suframa, teria sido peça-chave na estratégia. A medida fez com que diversas indústrias planejassem deixar o Amazonas até agosto de 2022. A declaração foi feita nesta terça-feira (25), durante entrevista concedida ao G6, grupo de portais de notícias da região.
“Aquele governo passado, que graças a Deus se foi, prejudicou muito a Zona Franca de Manaus e o Polo Industrial de Manaus, principalmente. Há relatos estarrecedores de investidores que vieram duas vezes a Manaus tentando uma audiência com a alta gestão para instalação de empresa aqui e não conseguiu audiência. O plano era fechar o Polo Industrial de Manaus, ficou claro nas ações do governo”, disse Bosco Saraiva.
Apesar do impacto dessas ações, Saraiva destacou avanços recentes na ZFM, incluindo a modernização da fiscalização e gestão, além da instalação de novas fábricas. A expectativa para 2025 é alcançar um número recorde de empregos, superando os 129 mil postos de trabalho registrados no ano anterior. Além disso, a região busca se adaptar à concorrência global com a adoção da tecnologia da Indústria 4.0.
Questionado sobre a BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, o superintendente se posicionou favorável à sua repavimentação, mas ponderou que a rodovia não é essencial para o escoamento da produção da ZFM. O transporte fluvial, segundo ele, continua sendo a opção mais viável, especialmente para cargas volumosas, enquanto a estrada serviria melhor para itens específicos, como semicondutores.
Além dos desafios logísticos e econômicos, Saraiva ressaltou a importância da integração da ZFM com estados vizinhos, como Rondônia, Roraima, Acre e Amapá.
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