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O ESG e a Semana Mundial do Meio Ambiente

Foto: Reprodução/ Greenpeace

Estamos na Semana Mundial do Meio Ambiente, uma data de reflexão e motivadora de ações em todo o mundo. Há 52 anos, a ONU (Organização das Nações Unidas) escolhia a data para que o planeta lembrasse do que é importante ser preservado e trabalhado por gestores e líderes mundiais, em todos os povos e lugares.

A data foi estabelecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas durante a Conferência de Estocolmo sobre o Meio Ambiente Humano, em 1972 – um marco para as discussões ambientais globais, quando se discutiu a necessidade de integrar políticas ambientais ao desenvolvimento econômico das cidades. Foi quando surgiu o conceito de desenvolvimento sustentável.

Esta conferência também foi marcada pela elaboração de 26 princípios. Destacavam-se dentre eles o descarte correto de substâncias tóxicas; o apoio à luta contra a poluição; a prevenção à poluição em mares e utilização legítima do mar; a garantia de ambiente seguro para assegurar a melhoria da qualidade de vida; a assistência financeira e transferência de tecnologia para os países em desenvolvimento; a gestão racional dos recursos naturais em benefício de toda a população e, dentre outros, a eliminação completa das armas de destruição em massa, como as bombas nucleares.

Décadas desde a elaboração destes princípios e muito por se fazer ainda…o planeta de ontem, claro, não é o de hoje. Mas podemos ir mais afundo, mostrando que as preocupações ambientais, na verdade, se tratam de uma pauta de centenas de anos, pelo menos para alguns.

Você sabia que em 1605 surgiu a primeira lei de cunho ambiental no Brasil? Isso mesmo. Se chamava Regimento do Pau-Rosa, voltado à proteção das florestas. E em 1797 surgiu a Carta Régia, afirmando sobre a necessidade de proteção a áreas de encostas, rios e nascentes. Em 1850, tivemos a primeira Lei de Terras do Brasil, que disciplinava a ocupação do solo. E em 1911 tivemos o Decreto n. 8843, criando a primeira reserva florestal do Brasil, situada no Acre.

De lá para cá, muitas legislações surgiram. A Constituição Federal de 1988 trouxe um capítulo dedicado exclusivamente ao meio ambiente.

Passadas décadas, mesmo com legislações e órgãos específicos, organizações não governamentais e movimentos ambientais de proteção crescentes, o desmatamento cresceu, fenômenos e desastres ambientais são pautas nos jornais… o uso excessivo do plástico ganhou ainda mais holofote.

Nesta urgente corrida contra o tempo, contra os impactos ambientais e os efeitos das mudanças climáticas em nosso planeta e o aumento da pobreza, a ONU convocou 50 presidentes das maiores instituições financeiras do mundo a pensarem em soluções para integrar fatores ambientais, sociais e de governança no mercado de capitais até 2030. Dessa forma, surgiu um chamamento às organizações empresariais por meio do ESG (sigla para as práticas ambientais, sociais e de governança)

Desde então, as organizações têm buscado estar em conformidade com os pilares da sigla, sob o risco de perderem mercado e/ou até mesmo investimentos. É que para destinar recursos, muitos investidores passaram a considerar como fator determinante que haja um planejamento estratégico de empresas com foco em ESG.

No universo brasileiro, para termos uma ideia do olhar ESG, um estudo com 687 empresas, mostra avanço significativo na curva de adoção de ações sustentáveis em relação a 2023. O Panorama ESG 2024″, lançado pela Amcham Brasil em abril deste ano, no Fórum ESG, mostrou um crescimento de 24 pontos percentuais na curva de adoção de práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) em relação ao levantamento do ano anterior. Ao todo, 71% das empresas participantes indicaram estar no estágio – inicial (45%) ou avançado (26%) – de implementação de práticas ESG.

Essa evolução revela que as empresas brasileiras estão cada vez mais convencidas da importância da agenda de sustentabilidade e engajadas em trilhar esse caminho. Por outro lado, também indica que ainda há muito por fazer. Afinal, uma parcela expressiva é de ‘adotantes iniciais’ de práticas ESG.

De qualquer forma, devemos considerar que houve sim avanços sustentáveis nos últimos anos em razão do ESG e toda a revolução que o termo provocou no mercado. O trabalho realizado por organizações de médio e grande porte em todo o mundo, principalmente, nas áreas ambiental e social, já têm transformado a vida de diversas comunidades. Sabemos que o caminho a percorrer ainda é longo, mas por meio da atuação do mercado privado, via ESG, certamente teremos mais braços e resultados alcançados. Na expectativa, e mais importante, agindo juntos, para que tenhamos a cada dia 5 de junho, resultados promissores.

 

Por Elendrea Cavalcante

Jornalista, com especialização em ESG e Sustentabilidade Corporativa e também em Comunicação Empresarial e Marketing. Possui mais de 20 anos de atuação no mercado de Comunicação, com ampla experiência em jornais, agências e setor público. Foi subsecretária de Comunicação do município de Manaus, onde também atuou em outros cargos de gestão. As experiências acumuladas no serviço público e no campo corporativo levaram-lhe à paixão pelo ESG, associando-o à Comunicação

 

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